A mesma publicação cita uma fonte ligada ao processo que indica que o governo da Saxónia, em cuja capital, Dresden, está situada a principal fábrica da Qimonda, e o gestor judicial Michael Jaffé, «estão a fazer o possível para tornar a Qimonda atraente» para os parceiros russos.
Em Março, o Parlamento da Saxónia votou maioritariamente contra uma participação directa no capital da Qimonda, com os votos da coligação democrata-cristã (CDU) e social-democrata (SPD) no poder, diz a Lusa.
O ministro-presidente Stanislav Tillich, afirmou, no entanto, na mesma ocasião, que a ajuda pública à Qimonda para salvar 2.700 postos de trabalho em Dresden «poderá ter várias facetas».
O ministro da Economia saxão, Thomas Jurk, por seu turno, disse também no hemiciclo de Dresden que a Saxónia poderia adquirir 25% e mais uma acção da Qimonda, para garantir uma minoria de bloqueio, desde que a maioria do capital seja adquirido por novos investidores.
Jurk respondia assim indirectamente a um plano apresentado pelo gestor judicial, que previa também uma participação de Portugal e dos credores da Qimonda no capital da empresa, para evitar o seu encerramento.
No princípio da semana, o governador da Saxónia, Stanislav Tillich, garantiu que o interesse russo na Qimonda é «sério», e falou de um «parceiro estratégico» para salvar o fabricante de semicondutores.
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