O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira, considera que a banca portuguesa está menos exposta ao risco do que a norte-americana, por isso, «os estilhaços directos (da turbulência financeira nos Estados Unidos) são muito pequenos»

Em entrevista conjunta à «Rádio Renascença» e ao «Público», Faria de Oliveira disse ainda que, em termos de efeitos indirectos, estes têm a ver com o impacto na economia mundial e que assume, desta vez, características diferentes, «porque se conjugou com um segundo elemento: o aumento do preço do petróleo e das matérias-primas».

«A crise financeira recomendaria a descida das taxas de juro para compensar os efeitos no abrandamento do crescimento das economias, mas as pressões inflacionistas conduziam também à necessidade de aumentar ou manter as taxas de juro», explicou.

Ainda quanto aos efeitos da turbulência financeira na economia, Faria de Oliveira crê que não haverá grandes alterações na banca, mas concorda que «muitas correcções estão a ser feitas e de naturezas várias», passando de movimentos de consolidação a um maior cuidado em relação a aplicações financeiras de risco elevado.