Mas Rodrigo Costa não se revela inquieto. «Não me preocupa a nossa base accionista, sabemos que somos uma empresa com muito interesse, temos muitas empresas que hoje são nossas accionistas e creio que estão satisfeitas em sê-lo», disse num encontro com jornalistas.
Os analistas já alertaram para possíveis reduções ou até retiradas, mas Rodrigo Costa mantém-se firme: «Estamos no mercado e as empresas movem-se, compram, vendem e não podemos saber ao certo quem vão ser os nossos accionistas amanhã».
No entanto, garante que a empresa que lidera «tem valor e que cresce em todas as suas áreas de produto», sublinhando que «estamos num mercado que está longe de estar saturado».
Sobre a posição de 7 por cento que a PT vai conservar no capital da PTM após o spin-off, Rodrigo Costa sublinhou tratar-se de «uma situação temporária».
«Não espero qualquer interferência da PT na gestão da PTM», rematou o gestor.
Recorde-se que o «spin-off» da PTM ficará concretizado amanhã, dia 7 de Novembro, quando a PT distribuir aos seus accionistas parte do capital que detém na PTM.
A CGD, o BES e a PT deverão ser os três maiores accionistas da empresa. No entanto a Portugal Telecom pretende vender a sua posição num prazo de seis meses.
O preço de referência das acções da PT Multimédia será de 9,18 euros.
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