João Palhinha diz que o crescente número de jogos que os jogadores têm de fazer por temporada «assusta» devido ao risco elevado de lesões, mas também diz que o prazer de representar a Seleção permite aos jogadores atirar o desgaste para trás das costas.

«Assusta, mas, pessoalmente, esta época, mais do que as outras, tem-se falado em muitas lesões. Os clubes hoje-em-dia têm condições que não tinham há uns anos, mas é difícil prevenir tantas lesões com tantos jogos. Há que que prevenir quando se excede um certo limite, já várias pessoas tocaram nesse assunto, infelizmente não teve qualquer impacto», referiu o internacional português na conferência de antevisão do embate com a Suécia.

Um desgaste que é superado pelo orgulho de representar o país. «Resta-nos ser os profissionais que somos, depois o prazer de estar aqui acaba por esconder o desgaste físico. Com os jogos e as viagens sofremos um grande desgaste, mas temos de meter para trás das costas, representar a seleção e dar uma grande resposta. Espero que seja um grande espetáculo, é uma cidade com muita história, de certeza que vai estar um grande ambiente», acrescentou.

Para evitar mais desgaste, Roberto Martínez implementou uma gestão de rotatividade para estes dois jogos de março que permite um maior descanso aos jogadores. Palhinha agradece.

«Acho que este modelo é um modelo que tem de agradar porque o míster tem dado oportunidades. A seleção tem tido uma grande rotatividade e isto faz sonhar quem não está presente na seleção. Hoje em dia, um jogador, fazendo o seu trabalho, juntando o talento, a ida à seleção está mais perto do que estava há uns anos. Estes jogadores que têm estado em estreias, merecem estar aqui e outros também vão estar no futuro. O facto de haver rotatividade também dá descanso aos que têm vindo a jogar mais, mas o cansaço fica um pouco para trás das costas quando estamos a vestir a camisola do nosso país», comentou ainda.

João Palhinha falou em jogadores novos, neste caso, são Jota Silva, Francisco Conceição e Dany Mota «Trazem, acima de tudo, aquilo que é o jogo esperto português. As histórias dos três são diferentes, mas são histórias bonitas. Olhamos para o trajeto do Jota e é algo que tem de servir de inspiração para os miúdos que estão nas ligas inferiores. O mesmo acontece com o Francisco, com muita qualidade e com uma margem de progressão muito grande no FC Porto. O Dany também tem vindo a fazer um excelente campeonato em Itália. São três jogadores para ajudar a seleção e merecem estar aqui», referiu ainda.