Os magistrados do Ministério Público manifestaram este sábado «total solidariedade» com os professores, justificando que as reformas educativas do Governo são «apenas uma das faces de uma política que visa destruir o aparelho de Estado», refere a Lusa.

Cerca de 100 mil professores, segundo os sindicatos, participaram hoje na «Marcha da Indignação», exigindo a demissão da ministra da Educação, a renegociação do Estatuto da Carreira Docente e a suspensão do processo de avaliação de desempenho.

Numa moção, hoje aprovada em Assembleia-Geral, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público defendeu que «a prática do Governo ao atentar contra a escola pública é apenas uma das faces de uma política que visa destruir o aparelho de Estado e privilegiar os interesses económicos dominantes».

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Os magistrados públicos argumentaram, no mesmo documento, que «a sistemática atitude do Governo de falta de diálogo e de respeito para com os professores não se diferencia de idêntica atitude que tem vindo a assumir perante os magistrados».

O sindicato reforçou mesmo que tal atitude «mais não reflecte que a tentativa de condicionar a autonomia e a liberdade de pensamento de corpos sociais capazes de reflectir».

Como tal, os magistrados do Ministério Público decidiram «saudar a grandiosa manifestação dos professores de Portugal, e manifestar-lhes total solidariedade».