O treinador do Benfica, Roger Schmidt, na conferência de imprensa no Estádio Municipal de Aveiro, após a vitória dos encarnados sobre o FC Porto (2-0) na Supertaça:

«É um troféu. Este título vai ficar para sempre. Foi o que disse aos jogadores antes do jogo. Quando olhares para a tua carreira só vais falar de troféus. É só a Supertaça, não é o troféu mais importante, mas quando jogas contra um grande rival, uma equipa muito boa como o FC Porto, o valor da Supertaça é maior. Foi um jogo de futebol muito bom, uma primeira parte muito difícil para nós, o FC Porto esteve bem, pressionaram-nos alto, jogaram com muita intensidade. Tivemos problemas em encontrar soluções, mas o que aprecio é que os meus jogadores mostraram a qualidade para sofrer nestes momentos e defender junto a área.

Depois da primeira meia hora, melhorou e, depois do intervalo, mudou completamente. Jogámos no meio-campo deles, fomos bons na pressão, ganhámos bolas e não lhes demos mais momentos no ataque. Criámos e usámos as nossas chances, fomos eficientes e estou orgulhoso dos meus jogadores.

Não é fácil jogar contra o FC Porto, com esta qualidade e a sua intensidade, mas, se estás capaz de jogar este tipo de jogo no início da época e ganhá-lo, é um sinal muito bom. Estamos felizes com a vitória e olhamos para segunda-feira.

[Jogadores mais confortáveis na segunda parte] O FC Porto fez uma primeira parte muito boa. Mesmo se jogássemos com um avançado, como o Gonçalo Ramos ou o Musa, não havia muitas bolas no centro do ataque. Eles conseguiam recuperar a maioria das bolas ainda antes de chegarmos ao último terço. Às vezes, o futebol é assim, há momentos no jogo, o momento deles foi no início. As mudanças [ao intervalo] ajydaram, mas não foram decisivas, foi mais por causa da qualidade e intensidade do FC Porto.

Mas, na segunda parte, o Petar esteve muito bem como jogador alvo, em forma, mas todos os jogadores à volta dele ganharam muitas bolas no meio campo. O João Neves e o Orkun Kökcü fizeram-no muito bem, depois o Tino e o Chiquinho também. Controlámos o meio-campo, ganhámos bolas e mostrámos a nossa qualidade quando ganhámos a bola. É a história do jogo: duas partes diferentes.

[Ataque móvel] Foi uma decisão para hoje, já o fizemos na ultima época, com o Fredrik [Aursnes] como segundo avançado ou Neres nessa posição. A ideia era encontrar espaços atrás da defesa deles. Foi difícil para nós, as mudanças [ao intervalo] foram porque precisávamos de um jogador forte no centro para lutar pelas segundas bolas, ser mais físico, a outra mudança foi porque o Mihailo tinha amarelo, eles estavam bem pela direita com o Otávio e não quis tomar riscos. Mais importante do que as mudanças foi que jogámos com mais bravura e intensidade e acreditámos no nosso jogo de posse.»