Por Mariana Rebelo Silva

Pako Ayestarán, treinador do Tondela, em conferência de imprensa, após vitória, por 2-1, diante do Moreirense, em jogo em atraso da 13.ª jornada da Liga:

[Esta é uma vitória histórica?]

- A vitória é o prémio para uma equipa que foi capaz de trabalhar de forma solidária sobre a derrota. Como sabem, a vitória tem muitos irmãos, mas a derrota é órfã. Desde o início da semana que os convenci de que, fossemos os que fossemos, íamos entrar para competir. E assim foi. Foi uma vitória que resultou de muito trabalho, solidariedade e, sobretudo, do coração.

[Quanto às cinco baixas por covid-19 e lesões...]

- Não queríamos mostrar debilidades. Tínhamos a certeza de que os jogadores que iam estar, acreditavam e tinham sido capazes de se levantar de uma situação difícil, que no final é o mais importante. Tivemos duas baixas por lesão (João Pedro e Undabarrena). O Iker, depois do último jogo, fez uma rotura e o João Pedro já vinha com uma lesão arrastada e no início da semana já não conseguia treinar.

[O que pode dizer sobre a saída de John Murillo para os mexicanos do San Luis?]

- O John Murillo já foi embora ontem. Foi vendido e ainda não é público para onde. Espero que neste mercado possamos reforçar os jogadores. Não só o Murilo, mas também o Simone Muratore, não só por qualidade, mas por número. Estamos reduzidos no meio-campo. Em relação ao Murillo, ele participou em 80 por cento das situações de golo do Tondela esta época. Foi um jogador muito importante e, desde que aqui estou, ele estava a atravessar o melhor momento da carreira.

[Espera reforços neste mercado de janeiro?]

- Claramente que precisamos de reforçar a equipa. No caso de hoje, em que temos uma baixa no meio-campo por Covid e duas por lesão, tivemos que mudar o sistema. Temos quatro médio-centros, três estão de fora, se por algum contratempo se lesiona o quarto... temos que mudar o sistema. Só pelo número de disponíveis, precisamos de reforços.