A posição que o BPI detém actualmente no BCP, de menos de 2 por cento, vai fazer com que no próximo trimestre o banco de Fernando Ulrich não volte a derrapar nos lucros, como fez neste primeiro semestre.

A actual participação «é muito pequena, por isso o risco no próximo trimestre está bastante mitigado», disse o presidente executivo do BPI, esta sexta-feira, na conferência de imprensa sobre os resultados da instituição financeira.

«Não posso dizer que é impossível mas é altamente improvavel que tenha os mesmos efeitos nos próximos trimestres», acrescentou.

Ulrich diz, no entanto, que esta diminuição da posição no BCP foi feita tendo como base «um juízo do perfil de risco que consideramos adequado apresentar ao mercado e por isso optamos por reduzir a percentagem».

O responsável acrescenta ainda que o motivo não se prende por desconfiança «na nova equipa de gestão do banco ou que por pensar que o BCP não viria a valer significativamente mais do que vale agora».

Os lucros consolidados do BPI caíram para 9,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

Para este resultado, que significa uma descida de 95,3%, contribuiu principalmente o impacto negativo de 157,4 milhões de euros (após impostos) de menos valias realizadas e imparidades no BCP.

Fernando Ulrich disse ainda que «se ignorarmos essa situação de imparidade (com as acções do BCP) as actividades reguladores do banco tiveram resultados positivos».

As acções do BPI fecharam a valorizar 3,04% para 2,54 euros.