Vítor Machado Ferreira, mais conhecido como Vitinha, deu uma entrevista ao Maisfutebol onde falou sobre como foi a mudança para o Paris Saint-Germain, proveniente do FC Porto no verão de 2022, destacando a fácil adaptação em França, graças à ajuda dos compatriotas Nuno Mendes e Danilo.
O talentoso médio admitiu ainda apreciar muito a cidade de Paris, referindo mesmo que até já foi duas vezes (seguidas!) à Disneyland. Por fim, falou sobre o dia a dia na cidade da luz, com especial destaque para a «loucura» que é conduzir no Arco do Triunfo.
Quando se mudou para o Paris Saint-Germain muitos questionaram se ia ser algo fácil, mas agora assume-se como uma peça nuclear no grupo de Luis Enrique. Esperava uma adaptação tão rápida num clube tão exigente como é o PSG?
É de facto um clube muito exigente, mas também já vinha do FC Porto. Sinto-me muito bem aqui, a adaptação foi fácil e estou feliz aqui.
Torna-se naturalmente mais fácil num país que tem tantos emigrantes portugueses?
Sim, vim para França e comprovei isso. Dezenas e dezenas de emigrantes. É uma comunidade muito grande e facilitou a minha adaptação ter o Nuno (Mendes) e o Danilo. Se perguntarem ao Gonçalo (Ramos) vai dizer a mesma coisa. É sempre diferente ter portugueses que nos acolhem e ajudam e tentámos fazer o mesmo com o Gonçalo.
Este é um ano em que pode ser campeão da Europa por seleções e por clubes. Pode ser um ano perfeito? Há alguma promessa para este caso?
Não sei, mas fazias todas de bom grado. Para qualquer jogador é incrível ganhar qualquer uma das competições. Sinceramente não tenho palavras para descrever o que seria ganhar as duas.
Entre o Gonçalo Ramos, o Nuno Mendes e o Danilo, quem é o mais brincalhão, o mais sério e o mais tímido?
O mais sério é o Danilo, por ser mais experiente e mais adulto… diria que é o nosso paizinho. Mas digo isto só pela idade, porque ele é completamente um de nós. Diria que o Gonçalo é o mais brincalhão, mas foi difícil escolher entre ele e o Nuno, porque entre eles venha o diabo e escolha. Quando já se tem confiança com eles são mesmo brincalhões, mas também são tímidos quando conhecem alguém pela primeira vez.
Desde que está em Paris quantas vezes já foi à Disneyland?
Até há pouco tempo não tinha ido e já tinha ouvido da minha mulher. Eu gosto bastante, mas ela gosta o dobro e já me vinha azucrinando a cabeça para irmos lá. Aproveitámos um dia de folga para ir e passado uma semana fomos lá outra vez, porque aquilo é brutal. Não dá tempo para ver tudo na primeira vez… e agora fomos lá a segunda e ainda não vimos tudo! Mas pelo menos já posso dizer que fui… e bisei.
Ainda se impressiona ao ver a Torre Eiffel?
Sim. Principalmente de noite porque fica linda.
Já consegue conduzir sem problemas na rotunda do Arco do Triunfo?
É um erro chamar ‘rotunda’ ao Arco do Triunfo, porque ali quem tem prioridade é quem vai entrar, quem vem da direita. Quem está dentro é que tem de parar. Primeiro vi os outros a fazer e agora já consigo sem problemas. Quem for entrar é romper sem medo. É um bocado anárquico, uma espécie de carrinhos de choque sem choque.
Qual é o monumento que mais gosta?
Diria que é a Basílica de Sacré Coeur.
O melhor de viver em Paris?
É poder visitar a qualquer momento a cidade, que é enorme e tem muito para ver.
O pior de viver em Paris?
Eu felizmente vivo fora do centro, porque Paris é um caos diário. Eu preciso de paz e tranquilidade. Gosto muito de Paris, mas é visitar e voltar para a periferia.