«No futuro as autoridades de supervisão têm de estar mais atentas aos riscos e recompensar as empresas que pratiquem uma boa gestão dos mesmos», afirmou, em comunicado, o Fórum Pan-Europeu das Seguradoras (PEIF).
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O PEIF reúne a Allianz, a Muenchener Rueck, a Axa, a Generali e a Swiss Re, gigantes do sector que se agruparam para defender os seus interesses.
As grandes seguradoras e resseguradoras não querem ser confundidas com os bancos, e alertam para o perigo de as ajudas do Estado às instituições de crédito gerarem concorrência desleal.
«As ajudas do Estado têm de ser a prazo e ter cláusulas de rescisão bem claras», adverte o PEIF.
Alemanha aprovou pacote de ajuda à banca de 480 mil milhões
O governo alemão fez aprovar em finais de Outubro, um pacote de ajudas à banca de 480 mil milhões de Euros, 400 mil milhões de garantias e 80 mil milhões para injecções de capital em bancos em dificuldades.
A exigência das seguradoras surge dois dias depois da Cimeira dos países europeus do G-20, em Berlim, que advogou a criação de uma nova arquitectura financeira mundial, para evitar debelar a actual crise e evitar futuras dificuldades.
Produtos bancários de risco contribuíram para a crise
«As seguradoras não produzem riscos sistémicos como os que resultam dos negócios bancários», disse o presidente executivo da Axa, Henri de Castries, numa reunião do PEIF em Munique. O mesmo responsável acrescentou que os bancos «deviam ter garantido uma maior transparência dos seus produtos financeiros, que unem diversos tipos de riscos».
Foram esses produtos, acrescentou Henri de Castries, «que contribuíram grandemente para a crise financeira mundial».
Créditos da banca caíram 75 por cento
As seguradoras têm sido muito menos afectadas pela crise financeira do que a banca, mas também há casos críticos, como o da norte-americana AIG, outrora a maior seguradora mundial, que foi salva pelo Estado com uma injecção de capital de 150 mil milhões de dólares.
A Allianz, maior seguradora alemã, também registou prejuízos em 2008, mas sobretudo devido ao Dresdner Bank, em que era accionista maioritária.
Entretanto, a Allianz vendeu a participação no Dresdner Bank ao segundo maior banco privado alemão, o Commerzbank, que teve de ser parcialmente nacionalizado, para evitar a falência.
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