Além de todos os alimentos de origem vegetal, como cereais, farinhas, óleos e açúcar, também o preço da carne será apanhado nesta espiral de subida.

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Organização para a Agricultura e Alimentação revela que os preços da alimentação tenderão a estabilizar no médio prazo, mas em alta. Ou seja, os preços baixos, jamais voltarão.

O estudo conclui que, na próxima década, os preços alimentares tenderão a estabilizar e adianta que apenas em 2017 deverão voltar a anular as subidas registadas desde o ano passado.

Do relatório constam algumas previsões a nível de preços, a começar pelos da carne de vaca e de porco, que devem aumentar 20%.

Por sua vez, o açúcar também deverá encarecer 30 %, a farinha e o milho entre 40 a 60%, a manteiga, os óleos vegetais e as sementes oleaginosas entre 60% e 80% e o tão falado arroz entre 30 a 65%.

O estudo também não inova nas razões desta subida: aumento da procura nos países em desenvolvimento, combustíveis mais caros e desvio de terrenos aráveis para a produção de biocombustíveis, cuja produção deverá crescer mais de 5% na próxima década.

O relatório sublinha também que continuam a existir incertezas nestas previsões, que se prendem sobretudo com o clima e catástrofes naturais que podem influenciar muito o rumo dos preços.