«Há muitos empresários com menos escrúpulos ou mais ameaçados pela sobrevivência que utilizam técnicas mais mafiosas e recorrem, por exemplo, à pressão psicológica para que os empregados abandonem a empresa».
«É preciso acabar com conceito jobs for the boys»
Ao mesmo tempo, de acordo com Neves de Almeida, a flexibilização do mercado de trabalho permitiria ainda aumentar a produtividade.
«Quanto mais difícil for despedir, mais estamos a passar esse ónus para os empresários, logo baixamos a produtividade em muitos casos. Ninguém vai despedir alguém que seja útil na produção de resultados. Não creio que de uma forma geral as pessoas passassem a ser mais despedidas do que havendo essa rigidez», acrescentando ainda que essa medida «não é para desproteger o trabalhador, antes pelo contrário. Permitiria aos melhores ganharem mais, terem mais oportunidades de carreira, tirar a falsa sensação de segurança que existe», acrescenta o responsável máximo da Boyden Portugal.
Melhor do que reduzir carga fiscal
Apesar de defender esta flexibilidade, Neves de Almeida reconhece que a mesma poderá ter algumas consequências, nomeadamente numa primeira fase, levaria ao aumento da taxa de desemprego, tal como se verificou no mercado espanhol. No entanto, o responsável chama a atenção de que esta situação seria temporária. «Estaríamos face a uma situação de ajustamento, as empresas ficariam depois melhores, logo tornar-se-iam mais produtivas e passavam a absorver mais pessoas».
Aliás, o presidente da Boyden acredita que é preferível flexibilizar do que reduzir a carga fiscal, apesar de admitir que «como consumidor gostaria de pagar menos impostos», refere em declarações à AF.
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