Apresentada a candidatura à presidência do FC Porto, André Villas-Boas reiterou o «tempo de mudança» que vive o universo portista.

«Ninguém está aqui para trair ninguém. O presidente do FC Porto é uma peça fundamental e assim será recordado. Mas, o FC Porto precisa de se reencontrar com os seus princípios, com os associados, demonstrar uma nova dinâmica, um modelo de gestão mais rigoroso», disse, em declarações aos jornalistas.

Tal como no discurso na Alfândega do Porto, o candidato lamentou as decisões «estruturantes» que a administração azul e branca está a negociar, como a compra de terrenos na Maia, tendo em vista a edificação de um centro de alto rendimento.

«Nesta fase estamos muito ansiosos quanto ao futuro para adaptarmos a realidade às nossas propostas. Temos de ser muito francos com os sócios, decisões [como estas] só acontecem quando se fazem negócios de grande envergadura, ou vendas de partes do clube, como o Estádio do Dragão», criticou Villas-Boas.

Garantindo que a sua equipa será composta por «pessoas que representam a mística, com experiência e nome no mercado», assegurou que terá em mãos a recuperação da gestão desportiva e financeira, que elenca como «motores» do sucesso.

«O FC Porto pode voltar a encontrar essa força. Queremos formar mais e melhor, competir para ganhar porque essa é a sustentabilidade do clube», rematou.

Questionado sobre os confrontos na Assembleia-Geral de novembro, que terminou com confrontos entre sócios, no Dragão Arena, André Villas-Boas apela à liberdade de expressão.

«Ainda estamos para saber das consequências do que aconteceu. Nesta fase, o FC Porto e a administração devem respeitar as eleições de forma democrática. É importante que também as casas se possam exprimir livremente, sem medo», terminou.

As eleições para a presidência do FC Porto estão agendadas para abril. Ainda não é certo que Pinto da Costa apresente nova candidatura ao cargo.