A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, foi confrontada com as críticas daqueles que consideram que Gabriel Veron foi vendido ao FC Porto por um preço abaixo daquele que é o valor de mercado do extremo brasileiro.

A dirigente do Verdão explicou que o jogador de 19 anos foi transacionado por 10,25 milhões de euros, sendo que o clube brasileiro reservou 10 por cento do passe. Além disso, destacou que Veron estava melhor cotado quando apareceu a jogar regularmente na equipa principal, em 2020.

«Se ele pudesse ter sido vendido por mais, podem ter a certeza absoluta de que seria vendido. Jamais prejudicaria um ativo do Palmeiras. O Veron foi vendido pelo valor dele hoje. O que se passou há dois anos e meio, meus caros, eu também já tive 20 anos... O que interessa é hoje, ganho campeonato hoje, vendo hoje. Se no passado ele valia mais, ele não estava à venda. O valor dele é esse, hoje. Daqui um ou dois anos, pode ser outro. Temos de avaliar o mercado atual» disse Leila Pereira, aos jornalistas na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

De seguida, elencou os motivos que justificam a perda de valor do futebolista que, após algumas lesões, estava a recuperar a confiança de Abel Ferreira e até marcou o golo da vitória na despedida.

«Há dois anos e meio fomos campeões mundiais de sub-17, ele foi eleito o melhor jogador, isso valoriza, obviamente. Hoje, em virtude de lesões, de não ter participado em muitos jogos, uma vida extra-campo difícil, o melhor para o Palmeiras e para o atleta foi negociá-lo, não tenho dúvida. Torço para que ele tenha muito sucesso na Europa e que retome esses valores que vocês da imprensa pensam que ele vale», rematou.

Gabriel Veron, recorde-se, foi filmado numa saída à noite e chegou mesmo a ser multado pelo Palmeiras, pouco antes de reforçar o FC Porto. O extremo assinou um contrato de cinco temporadas e até já se estreou com a camisola dos dragões, no encontro de preparação diante do Mónaco.