Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Dragão, depois da vitória sobre o Vizela, por 4-1, na 26.ª jornada da Liga:

«[Porque é que decidiu manter a mesma equipa do jogo com o Arsenal? Que análise faz ao jogo?] Decidi manter o onze porque sou o treinador. Em relação à análise, depois de jogos europeus, com uma pressão, um desgaste emocional e físico normal nestas situações, chegámos no dia seguinte de manhã… Na primeira parte, a atitude foi boa, faltou algum discernimento para perceber onde podíamos definir e em situações de concluir as jogadas e remates dentro da área. Estávamos a circular por fora com alguma qualidade, mas só por fora. Entendi que o Vizela estava algo confortável nisso.

No intervalo falámos que, se assim continuasse, teríamos de mudar algumas situações, teria de meter um ou outro jogador com outras características porque estávamos a criar situações de cruzamento e faltava peso na área.

Na segunda parte, utilizámos melhor o corredor central e criámos mais dificuldades no adversário, fizemos as coisas que tínhamos planeado e fui mexendo consoante a necessidade de que percebi que a equipa necessitava com bola, porque sem bola era mais o jogo direto dos avançados fortes fisicamente e teríamos de aproximar os médios para a segunda bola. No geral, foi um jogo sem história, muitas ocasiões, um resultado justo e talvez mais um ou outro golo e seria ainda mais justo.»

«[O que faltou para evitar a subida de Essende no 1-0 e o papel de Nico na pressão do FC Porto] Fomos nós que fizemos o golo, um autogolo do Pepe que é um momento de infelicidade, uma bola aparentemente simples de limpar. Há erros que se cometem… estamos a falar de um jogador, enquanto jogador profissional e treinador, é o melhor e maior profissional com quem trabalhei.

A pressão alta que fizemos é característica da equipa, hoje diferente de acordo com as características do adversário. É um comportamento coletivo e não de um jogador. A equipa esteve toda bem.»