O clima é hoje mais tenso em França, no oitavo dia de greve dos transportes, registando-se alegadas acções de sabotagem, numa altura em que negociações tripartidas arrancam nas empresas afectadas pelos protestos.

A administração dos caminhos-de-ferro (SNCF) anunciou hoje que uma «acção coordenada de sabotagem» - incêndio de cabos, fecho de comutadores de sinalização - ocorreu em várias linhas de alta velocidade (TGV).

Estes abusos visam «contrariar o reinício observado do circulação», acusou a SNCF.

O sindicato CGT, maioritário e apoiante da greve, denunciou estes actos como «inqualificáveis, cometidos por cobardes».

As acções de vandalismos ocorrem numa altura em que se regista uma melhoria na circulação dos caminhos-de-ferro e metropolitano, há duas semanas em greve contra a reforma dos regimes especiais de aposentação.

As negociações entre Estado, sindicatos e administrações de empresas deverão começar hoje de manhã na RATP (metropolitano e autocarros de Paris) e à tarde na SNCF, com a presença de representantes do Estado.

Terça-feira o presidente Nicolas Sarkozy reafirmou a seu vontade de reformar a França e garantiu que não cederá no que diz respeito à reforma de regimes especiais, adiantando que ser necessário «saber terminar uma greve».