Mehdorn, 66 anos, anunciou esta segunda-feira, após a apresentação das contas anuais da DB, em Berlim, que pediu ao presidente do conselho de administração da DB a exoneração do cargo.
O presidente executivo era considerado bom gestor, mas o seu estilo de direcção tido por controverso. Mehdorn estava em funções há 10 anos, e o seu mandato actual terminava em 2011.
Ao apresentar a demissão, reiterou a sua inocência no caso das escutas e intercepção de correio electrónico, que abrangeu mais de 80 mil dos 230 mil trabalhadores, alegadamente para detectar fugas de informação para a imprensa.
Simultaneamente, admitiu que o «debate destrutivo» em torno do escândalo «prejudica não só a empresa, como o país».
Na sexta-feira, os inspectores nomeados para investigar o caso, o ex-ministro do interior Gerhart Baum e a ex-ministra da justiça Hertha Dauebler-Gmelin, apresentaram um relatório preliminar que conferiu veracidade ao caso.
No fim-de-semana, a direcção da DB veio a público admitir que, no Outono de 2007, tinha mandado apagar também mensagens com um apelo à greve enviados pelo correio electrónico interno pelo Sindicato dos Maquinistas.
Depois destas novas revelações, a chanceler Ângela Merkel retirou o apoio político a Mehdorn, cuja demissão tinha sido entretanto exigida pelos dois principais sindicatos da DB, o Transnet e o GDBA.
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