Na passada sexta-feira, as taxas de maturidades mais longas tinham recuado, corrigindo parte das sucessivas subidas, a reagirem à aprovação do Plano Paulson nos EUA. Os mercados esperavam que este factor ajudasse a acalmar os bancos, mas a verdade é que muitas vozes se levantaram dizendo que a medida seria insuficiente.
O problema de liquidez com que muitos bancos continuam confrontados tem causado uma corrida aos financiamentos interbancários, que estão também indexados às Euribor, o que continua a manter as taxas em alta. Nem mesmo as sucessivas injecções de liquidez de vários bancos centrais tem ajudado a controlar as tensões.
Com a instabilidade financeira ainda sem fim à vista, as taxas com prazos mais curtos continuam a subir. Por exemplo, a Euribor a um mês bateu um novo recorde, nos 5,15%, a taxa a três meses subiu para 5,345% e a Euribor a seis meses, a mais usada nos contratos de crédito à habitação em Portugal, atingiu já os 5,419%.
Apenas as Euribor a nove e doze meses recuaram. A taxa a um ano recuou para 5,493% e a taxa a nove meses caiu para 5,439%, com os mercados a confiarem mais nas medidas que começam a ser anunciadas pelas entidades europeias, no sentido de fazerem o que for necessário para ajudar os bancos em apuros e evitarem a sua falência.
RELACIONADOS
Europa reunida à procura de resposta unânime à crise
Governo e bancos alemães chegam a acordo para salvar Hypo
Governo alemão vai dar garantia ilimitada às poupanças de particulares
Crise: líderes europeus pedem flexibilidade nas regras económicas
Líderes europeus vão pedir 31,5 mil milhões para ajudar empresas
Euribor a seis meses corrige após recordes
Economistas dizem que crise vai durar entre 6 meses a 2 anos