Ambiente de cortar à faca no encontro entre Nacional e Porto, com as duas formações obrigadas a vencer por objetivos distintos. O desgaste do FC Porto foi notório ao longo da partida que fechou a 27.ª jornada, pois os dragões viram os três pontos por diversas vezes ameaçados pelo anfitrião que procura manter um lugar na primeira Liga, apesar de ocupar a última posição da tabela.

Inicio de jogo atribulado no Estádio da Madeira para o Nacional, com a defesa de uma grande penalidade, uma substituição forçada por lesão e ainda um erro crasso do guardião António Filipe que deitou por terra a «esperança num bom dia» como desejou Manuel Machado, mas já la vamos.

O relógio marcava os primeiros cinco minutos do encontro entre as duas formações que estão pressionadas a vencer por objetivos distintos, quando Zaidu derrubou João Camacho na grande área.

FICHA DE JOGO DO NACIONAL-FC PORTO

Após revisão do VAR, castigo máximo assinalado, com Éber Bessa a posicionar a bola na marca dos 11 metros, mas a euforia foi sol de pouca dura, o habitual por estes lados, quase sempre mais frios, da Choupana.  Marchesín recusou o golo inaugural ao lanterna vermelha do campeonato, protagonizando a primeira defesa de uma grande penalidade pelos portistas.

As adversidades continuaram a acompanhar os madeirenses, forçados a uma substituição precoce por lesão de Marco Matias, para entrada de Gorré, ao minuto 15 e, sofrendo golo poucos minutos depois.

Já é dito antigo que «há sempre maneira de ficar pior», expressão que assenta que nem uma luva aos alvinegros, que volvidos cinco minutos viram o Porto chegar à vantagem após um erro crasso do guarda-redes António Filipe, que viu Taremi desviar o esférico dos seus pés e numa jogada de entendimento com Corona avolumar a sua conta pessoal pelo terceiro jogo consecutivo.  

Sérgio Conceição falou na antevisão ao encontro na dificuldade em defrontar «quem luta pela vida» e foi essa a postura dos ‘alvinegros’, que mesmo em desvantagem não pararam de procurar o golo.

Aos 25, remate de Gorré a obrigar a uma defesa apertada de Marchesín, para pouco depois, João Camacho num remate à entrada da grande área falhar, por pouco, o enquadramento com a baliza.

Em cima do descanso, Marko Grujic subiu, ainda mais, no terreno para servir Taremi, que tentou colocar ao segundo poste, mas o esférico saiu ao lado do pretendido pelo avançado iraniano.

O campeão em título abandonou o 4x3x3 com que iniciou o encontro da 27.ª jornada e, apostou no 4x4x2 com a entrada de Marega e Toni Martinez, com o intuito de avolumar o resultado, ameaçado pelas investidas atrevidas dos madeirenses.

Rúben Micael, ex-portista, por pouco não igualou as contas na sequência de um livre, com um momento caricato a roubar o protagonismo, com Pepe e Marchesín a chocar um com o outro, com o primeiro a antecipar-se ao guardião para afastar o perigo que por pouco não seguiu para o fundo das redes.

Com o processo de revalidação do título em atraso por uns módicos seis pontos e, apesar, dos dois ‘empatas’ que o líder Sporting encontrou pelo caminho, a equipa de Rúben Amorim lá acabou por se orientar em Faro, por uma ‘unha negra’, para desgosto dos portistas.

Já o deslize do Benfica frente ao Gil Vicente, na presente jornada, veio na melhor altura, afastando os “encarnados” do segundo posto pelo mesmo número que os separa da primeira posição, com a  esperança que o mito não passe disso mesmo e, que os gatos não tenham de todo sete vidas.

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