O treinador do Marítimo, José Gomes, em declarações na conferência de imprensa após a derrota frente ao Sporting (2-1), em jogo da 32.ª jornada da Liga:

[Sensação com que sai do jogo?] «O primeiro golo do Sporting foi aos 85 minutos, portanto até aos 85 minutos estávamos a vencer. O Sporting teve 75 por cento da bola, mas não foi traduzida em remates para a baliza por mérito dos nossos jogadores, que anularam os pontos fortes do Sporting. Fechámos os caminhos que o Sporting normalmente utiliza. Há que der mérito a forma como soubemos defender. Não é o futebol que gosto, gosto de um futebol com mais qualidade. Marcámos na primeira parte e fizemos o que devíamos fazer. Não conseguimos ganhar por variadíssimas razões que vocês tiveram oportunidade de assistir.

[Que situações são essas?] Quando há cosias que acontecem de vez em quando, são casualidades. Quando se repetem, identificam-se tendências. O que aconteceu foi mais um momento… já nem me vou referir à situação do golo, que foi dado como golo, e à confusão dos jogadores. Antes, aos 70 e tal minutos, há um momento em que o Vidigal vai isolado e sofre falta. O Gonçalo Inácio fez falta, decidiu fazer falta para evitar que o Vidigal, isolado, fizesse golo. Normalmente quando há faltas, são assinaladas. O jogo seria outro, a história seria outra. Foi pena, porque estava a ser um jogo interessante: uma equipa dominadora e outra organizada defensivamente. Fizemo-lo bem, não merecíamos sair do campo derrotados, pese embora o domínio em posse do Sporting tenha sido avassalador. Fomos incríveis na organização defensiva e merecíamos outro resultado.

[Concorda com as críticas de antijogo?] Em relação à arbitragem, já falei de uma situação que teve impacto direto, porque o jogo seria outro. Em relação ao tempo útil, não sei a média, mas não está longe de ser um bom tempo útil [cerca de 58 minutos]. Nunca se joga 90 minutos, julgo até que a tendência no futuro será duas partes de 30 minutos com cronómetro. Não está longe desse número. O que esta por detrás da sua pergunta, uma hipotética tentativa de perder tempo, não é verdade. O René estava mesmo lesionado, o Mosquero teve cãibras e foi assistido. Há um mau hábito dos árbitros. O que o árbitro tem de fazer é dar mais tempo extra, não é deixar um jogador à espera para entrar.»