No entender do mesmo, esta crise financeira pode ser apontada como «nunca vista», uma vez que está a afectar os EUA, o «coração do sistema» e não a sua «periferia» e que por isso vai atingir todo o mundo, revela em entrevista à «AFP».
Numa referência ao «crash» bolsista de 1929, o responsável máximo do FMI lembrou que a actual economia mundial «dispõe de instrumentos que não permitem evitar a crise, mas atenuar as suas consequências e corrigir os seus efeitos».
Bancos na reforma
De acordo com Strauss-Kahn, alguns bancos estão a caminho da reforma, mas por isso não exclui a existência de algumas «tensões financeiras a curto prazo».
Segundo o mesmo, no final desta crise o sector financeiro mundial será «mais estreito» e os bancos europeus deverão ser menos atingidos do que os norte-americanos.
Quando questionado sobre a política do Banco Central Europeu, o responsável máximo do FMI diz apenas que o organismo liderado por Trichet tem optado por uma «política rigorosa e não laxista».
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