As taxas de juro de mercado em euros, para empréstimos a seis meses, subiram hoje pela sexta sessão consecutiva e renovaram máximos de cinco meses, encarecendo os créditos contraídos.

A Euribor a seis meses, a mais utilizada nos créditos à habitação em Portugal, subiu 0,005 pontos percentuais, para os 4,798 por cento, o valor mais elevado desde 19 de Dezembro de 2007, avança a «Lusa».

A Euribor a três meses, outro indexante para alguns créditos, também atingiu um máximo de cinco meses, ao subir 0,01 pontos percentuais para os 4,794 por cento.

A crise do «subprime» iniciada em 2007 desencadeou uma série de perdas adicionais nos balanços de instituições financeiras e grande volatilidade nos mercados financeiros, com alguns bancos a terem dificuldades em financiar-se no mercado.

A subida das taxas no mercado interbancário (preço do dinheiro a que os bancos emprestam dinheiro uns aos outros) espelha as desconfianças entre os bancos, de acordo com a generalidade dos analistas.

Para tentar contrariar a falta de liquidez no mercado interbancário, vários bancos centrais têm feito esforços para injectar fundos no mercado, mas a agitação parece prolongar-se e ninguém sabe por quanto mais tempo.

Com a subida continuada das Euribor, as taxas de juro dos empréstimos a taxa variável vão encarecendo na altura da revisão programada das prestações, exigindo às famílias que gastem cada vez mais dinheiro com o pagamento do seu crédito.