Na cerimónia de assinatura dos protocolos com as 15 instituições, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, sublinhou que esta é «uma linha de crédito sem paralelo na nossa história».
«Esta é a prova provada da grande prioridade que damos às PME, que são a coluna dorsal da nossa economia», disse. O ministro admitiu que, com a alta do petróleo, a subida das taxas de juro e as dificuldades crescentes da economia espanhola, nossa principal parceira comercial e de negócios, «era necessário responder ao desafio, criando factores positivos. Esta cerimónia mostra que é possível criar rapidamente instrumentos muito positivos para as PME».
Operação foi montada em seis semanas
A iniciativa foi anunciada a 21 de Maio pelo primeiro-ministro, José Sócrates, no Parlamento, e «demorou apenas seis semanas a ser montada».
Nesta linha de crédito, as PME beneficiarão de várias condições excepcionais, entre elas uma taxa de juro 125 pontos base inferior à Euribor, sendo o diferencial suportado pelo Estado, e uma garantia de até 50% do montante do crédito, por uma empresa de garantia mútua.
«O Governo suporta de duas formas: uma parte que é bonificada e outra parte que é garantida. A parte da garantia do crédito, não pode ser quantificada à partida, depende do risco de cada empresa e de como for evoluindo o crédito. Mas quanto à parte da bonificação, serão cerca de 70 milhões de euros. São fundos do QREN, portanto, não terá qualquer impacto nas contas do Orçamento do Estado», explicou o ministro Manuel Pinho à saída, em declarações aos jornalistas.
RELACIONADOS
Ricardo Salgado: PME Investe é programa «extremamente oportuno»
Empresas podem usar crédito de 750 milhões já esta quarta
Governo assina hoje protocolo para linha de crédito de 750 milhões
Governo aprova criação de Fundo de Apoio à Inovação
PME apelam a quatro medidas para fazer face a subida de juros