O aumento das prestações está associado ao movimento crescente das taxas de juro que, no caso do crédito à habitação, ainda não pararam de subir desde Dezembro de 2005, revela o «Jornal de Notícias».
A taxa de juro implícita neste tipo de contratos cresceu 0,067 pontos percentuais em Fevereiro, atingindo o valor médio de 5,669% (há um ano estava nos 4,665%). O valor apurado pelo INE está muito acima dos 4% da principal taxa directora do Banco Central Europeu, bem como da taxa Euribor, o principal indexante nos empréstimos à habitação. Em Fevereiro, as taxas Euribor, nos vários prazos, situaram-se num valor médio de 4,3%.
No entanto, já em Março, a Euribor recuperou a tendência altista e, ainda ontem, completou o 13.º dia de subidas, em todos os prazos a seis meses estava nos 4,675% (o mesmo que a 12 meses), há três meses estava nos 4,674% e há um mês nos 4,353%.
Em Fevereiro, o valor médio do capital em dívida no total dos contratos de crédito à habitação em vigor foi de 52.967 euros, traduzindo um acréscimo de 204 euros face a Janeiro. Há um ano, esse montante totalizava 50.632 euros, indica o INE.
Em Dezembro, o total de crédito bancário à habitação era de 100.585 milhões de euros. O malparado ascendia a 1264 milhões de euros. Nos dois casos registou-se um recuo face a Novembro. Estes números deverão ser actualizados pelo Banco de Portugal na próxima segunda-feira, mas, já ontem, os Indicadores de Conjuntura revelaram ter havido um abrandamento deste tipo de crédito em Janeiro.
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