A expectativa foi avançada pelo presidente executivo da empresa, Fernando Pinto, num almoço com os jornalistas. Apesar de não querer avançar com a meta orçamentada para este ano, o presidente lá acabou por admitir, à margem do almoço, que mantém a esperança de conseguirem resultados positivos «à volta da meta traçada para o ano passado», ou seja no patamar «dos 10 milhões de euros».

Em 2005, e em resultado da subida do preço do petróleo, a companhia aérea de bandeira registou prejuízos de 9,9 milhões de euros, face a lucros estimados de 14 milhões.

A ajudar a aumentar as expectativas para o final do ano está o terceiro trimestre. Mesmo ainda não tendo as contas dos últimos três meses fechadas, o CEO adiantou que «Julho e Agosto foram meses muito bons e Setembro, apesar de ainda não ter acabado, também está a ser», afirmou, sublinhando ainda que a actividade correu mesmo «acima das expectativas».

Oferta cresceu e procura também

É este alento, e tendo em conta que o último trimestre do ano é sempre um período de alta para o transporte aéreo, que leva a companhia a acreditar que conseguirá colmatar os efeitos do preço dos combustíveis ainda altos e consequentemente um primeiro semestre pouco satisfatório. Nos primeiros seis meses do ano, a TAP obteve prejuízos de 51 milhões de euros.

Fernando Pinto lembrou, no entanto, que o orçamento da TAP previa o preço do barril de petróleo a 63 dólares e que «já chegou a estar nos 78 dólares». Este tem sido o grande condicionamento da actividade, mais uma vez, este ano, que se junta ao crescimento das low-cost, «uma realidade que veio para ficar», e a alguns problemas de segurança dado a ameaça de mais atentados terroristas.

Por isso, «só mesmo uma estratégia correcta, como a que a TAP tem vindo a implementar, de aumentar a oferta e com isso transportar mais passageiros» tem sido um factor de «sucesso», no sentido de evitar um maior impacto da subida da factura dos combustíveis.



Refira-se ainda que o balanço deste ano contará com um impacto positivo da venda da companhia de charters White à OMNI, um objectivo cumprido.

Por cumprir está ainda a venda da posição na Air Macau. Fernando Pinto garante que continuam a pensar alienar, mas «à melhor oferta. Venderemos se por valores interessantes».