Para este ano, o Fundo prevê agora um crescimento de 0,6%, em vez dos anteriores 0,7%, e, para 2009, as expectativas são ainda mais baixas: uma expansão de apenas 0,1% e não de 0,6% como antes se previa.
As anteriores expectativas tinham sido apresentadas há apenas uma semana e representavam já uma revisão em forte queda face às expectativas mais antigas. Esta é, no fundo, a terceira revisão em baixa do número inicial, que era de 1,3%.
Mas as más notícias não se ficam por aqui. A forte desaceleração económica terá como impacto mais imediato um novo aumento da taxa de desemprego, que deverá subir duas décimas no ano que vem, para 7,8%, face aos 7,6% esperados para este ano.
Quanto à taxa de inflação revê em alta a previsão para este ano, em oito décimas para os 3,2%, apontando para uma quebra até aos 2% no próximo ano.
A descida das expectativas para Portugal acompanha a revisão em baixa das previsões para outras economias europeias, como é o caso da vizinha Espanha, da Itália e do Reino Unido, para as quais o FMI espera uma contracção no ano que vem. França terá, de acordo com o Fundo, um crescimento nulo.
As expectativas para a Zona Euro, no seu conjunto, apontam agora para um crescimento de 1,3% em 2008 e 0,2% para 2009.
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