Recorde-se que a TAP é líder em Portugal e, para além disso, o número de charters para o Brasil também não aumentou em 2006.
«Há uma falta de continuidade das acções. O Nordeste tem feito menos promoção» disse, acrescentando que só a divulgação que se faz junto dos agentes de viagens não é, em seu entender, suficiente para atrair os turistas para determinado destino.
Ainda assim, Luiz Gama Mór, que tinha tido durante a manhã um encontro com os vários secretários de turismo, disse estar «entusiasmado» com o futuro. «Gostei de ver a qualidade das pessoas (responsáveis que ganharam esta pasta recentemente), que fizeram o mesmo diagnóstico que a TAP», sublinhou ainda.
Turistas europeus compensam
Quando questionado, Luiz Gama Mór admitiu, no entanto, que para a TAP a diminuição de passageiros nesta rota não é, de todo, uma preocupação, já que a companhia aérea tem compensado com o tráfego de outros passageiros europeus, como os espanhóis, os italianos e franceses, que viajaram mais para este destino com a transportadora portuguesa.
«A TAP está muito bem», mas «gostaríamos de continuar a ver os portugueses a viajar para aqui, pelas fortes ligações que os dois países têm». Por isso, «o Nordeste é um destino que nos continua a dar muita esperança», afirmou.
A TAP é, actualmente, a companhia que mais conexões faz entre o Brasil e a Europa, com 48 voos semanais a partir de seis capitais brasileiras.
Ocupação dos aviões tem aumentado
Foram mais de 845 mil passageiros transportados nas linhas para o Brasil no ano passado, um crescimento de 18% em relação a 2005. Na região Nordeste, o crescimento foi de 9% para cerca de 430 mil pessoas. O maior crescimento foi nos estados do Sudeste (29%), que foram influenciados pela criação de novas linhas ligando Rio de Janeiro e São Paulo ao Porto.
Do total de passageiros desembarcados no país, a maioria é composta de brasileiros a regressar de viagens no estrangeiro (39%), mas é expressivo o número de europeus, principalmente portugueses (23%), italianos (10%), espanhóis (5%), alemães (4%) e suíços (3%).
A taxa de ocupação média foi de 82%, três pontos acima do resultado de 2005. No entanto, o número de passageiros cresceu 18%. Na região Nordeste, a taxa de ocupação chegou a 85%, enquanto no Sudeste ficou na casa dos 79%. O número de passageiros aumentou, respectivamente, 9% e 29%.
Na classe TOP Executive, a procura aumentou 40%, sendo que no Sudeste cresceu 46% e, no Nordeste, 32%. A taxa de ocupação ficou em torno de 73% e 58%, respectivamente.
Na classe turística, o número total de passageiros transportados subiu 16%, com uma ocupação de 85% nas linhas do Brasil (4 pontos percentuais a mais que em 2005. Nas rotas do Sudeste, a ocupação manteve-se em 87%, enquanto no Nordeste cresceu de 80% para 83%.
*A jornalista viajou até Recife a convite da TAP
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