O ministro de Estado e das Finanças considera que a descida das taxas do Banco Central Europeu (BCE), que classifica de «significativa», é «uma boa notícia».

Fernando Teixeira dos Santos diz que, com esta descida, «as família e as empresas portuguesas, designadamente as Pequenas e Médias Empresas (PME), poderão esperar algum alívio nos seus encargos, que têm vindo a aumentar com as decisões tomadas no passado».

O ministro considera a decisão do banco central «importante para que a normalidade regresse aos mercados financeiros» e lembra que a mesma faz parte uma acção concertada, como foi a posição comum assumida pelos Ministros das Finanças da União Europeia (UE), no Conselho Ecofin que decorreu na terça-feira, e que elevou para 50 mil euros o montante mínimo da garantia sobre depósitos por titular.

«Não deixaremos os bancos chegarem a ponto de ter depósitos em risco»

«Foi uma decisão tomada no momento oportuno. Temos assistido ao agravamento das condições nos mercados internacionais, mas os Ministros das Finanças têm-se mantido atentos aos desenvolvimentos da situação. Medidas como as que foram ontem anunciadas pelos Ministros das Finanças e hoje pelos bancos centrais são muito importantes porque é fundamental que regresse um clima de confiança e serenidade nos mercados financeiros e é importante que os mercados monetários funcionem», acrescenta ainda o ministro de Estado e das Finanças.

Também «muito importante» é o compromisso assumido pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, de que o Banco Central Europeu está disposto a injectar a liquidez que for necessária para que os bancos tenham dinheiro para desenvolver a sua normal actividade.

«Autoridades têm de tomar as medidas que forem necessárias»

Teixeira dos Santos considera que as autoridades têm de tomar «as medidas que forem necessárias» para enfrentar a actual situação de crise e sublinha que «o compromisso dos Ministros das Finanças foi e continua a ser claro, no sentido de assegurar o regular funcionamento dos mercados financeiros».

«Os mercados terão que ser capazes de absorver estes compromissos e restaurar a confiança», diz.