José Mourinho como motor para «ressuscitar» o Chelsea. Esta é a receita proposta pelo antigo jogador dos «blues», Emmanuel Petit, que descreve o «Special One» como o substituto ideal de Mauricio Pochettino, um técnico, segundo descreve o francês, apático e teimoso.

«Tenho lido especulações que referem o possível regresso de Mourinho com John Terry. Poderia ser interessante. Daria caráter à equipa. Neste momento, o Chelsea está fragmentado e Mourinho poderá ser o homem certo para resolver a situação», disse o antigo campeão do Mundo, de 53 anos, em entrevista ao Metro.

Petit, que na reta final da carreira vestiu a camisola do Chelsea, de 2001 a 2004, estava, apenas, a inaugurar um «rodízio» de críticas: «O clube precisa de um treinador com a visão adequada, que perceba como pode desenvolver o potencial que tem no plantel. O Chelsea precisa de desenvolver a sua identidade, porque, neste momento, não a tem.»

De mira apontada a Pochettino, o francês criticou, por exemplo, a postura do técnico: «A linguagem corporal faz parecer que já está de saída. Não faz ideia do que quer fazer, mas recusa-se a adaptar a tática aos jogadores. A composição da equipa simplesmente não faz sentido.»

Por isso, acrescentou Petit, a aposta em Nkunku como ponta de lança, diante do Wolves – que culminou em nova derrota do Chelsea – é o espelho de um treinador incapaz de potenciar talento.

«Será que ele sabe o que Nkunku faz de melhor? Ele é muito bom como “10”, ou num ataque a dois, mas não consegue jogar sozinho na frente», argumentou.

A época dos «blues» tem sido, no mínimo, amarga, antevendo-se um longa travessia até ao regresso à Liga dos Campeões, até porque os londrinos ocupam o 11.º lugar do campeonato.

Entre Liga e Taças, o Chelsea leva 11 derrotas, seis empates e 14 vitórias. A 25 de fevereiro, os «blues» defrontam o Liverpool na final da Taça da Liga, naquele que poderá ser um «tudo ou nada» para Pochettino.