A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou «não ser relevante» a participação de «100 mil professores na marcha da indignação», em Lisboa, adiantando que o importante é «continuar a trabalhar para encontrar as melhores soluções», refere a Lusa.

«Vou continuar a trabalhar para encontrar as melhores soluções, tal como tenho feito e é o que vou continuar a fazer. Compreendo muito bem as razões da manifestação e tenho consciência que se está a pedir às escolas mais esforço e mais trabalho», referiu em declarações à «SIC».

Para a ministra, a manifestação de hoje à tarde não foi qualquer surpresa face aos «sacrifícios» que têm sido pedidos aos docentes e foi o «culminar de várias manifestações».

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Maria de Lurdes Rodrigues garantiu ainda «não ser legítimo dizer que não há negociações por a ministra não estar presente». «Estarei nas reuniões (com os parceiros) se for essa a exigência», acrescentou.

Em declarações à «TSF», a governante referiu que «mil (professores em manifestação) já seriam muitos» e que o essencial é que «os professores não estão satisfeitos».

Ainda assim, Maria de Lurdes afastou o cenário da demissão, referindo que nunca lhe faltaram os apoios que considera necessários. «Não fujo à primeira dificuldade» e «não me assusto», atirou.

A governante, que também prestou declarações aos canais TVI e RTP, reforçou que o país precisa das alterações impostas na área da Educação e os «resultados mostram que se está no bom caminho».

A ministra da Educação esteve hoje à tarde numa sessão de formação promovida pelo Programa Nacional do Ensino de Português, na Curia, Aveiro, em que participaram cerca de 120 professores, segundo disse fonte do ministério.

Mário Lino apoia política da Educação



O dirigente do PS Mário Lino disse, em Coimbra, compreender o descontentamento dos professores, mas sublinhou que a avaliação dos docentes e a gestão das escolas são «eformas absolutamente necessárias» das quais o Governo não abdica.

Ao intervir num plenário de militantes da Federação Distrital de Coimbra do PS, Mário Lino, que é também ministro das Obras Públicas, disse que «o governo não está disponível para abdicar» destas «reformas absolutamente necessárias para o país», embora esteja aberto «a melhorar, a alterar».

«Estamos sempre abertos, e a ministra já o disse, a melhorar, a alterar, que haja contribuições. O Ministério da Educação já fez mais de 100 reuniões com os sindicatos desde que esta discussão começou», frisou, sublinhando, contudo, que «melhorar não é parar».