Dias Ferreira, presidente da Assembleia Geral do Sporting, explicou, em conferência de imprensa, o processo que levou os órgãos sociais a renunciar ao mandato a 14 de Fevereiro próximo e à marcação de eleições para 26 de Março na sequência da demissão de José Eduardo Bettencourt.

SPORTING VAI A ELEIÇÕES: acto marcado para 26 de MARÇO

«Seria uma total irresponsabilidade se apresentássemos de imediato a demissão», destacou o dirigente para quem os órgãos sociais «põem os interesses do clube acima dos interesses pessoais». De acordo com os estatutos, o presidente do Sporting terá de abandonar o cargo a 28 de Fevereiro, o que pode deixar um vazio entre essa data e a tomada de posse dos novos órgãos sociais que saírem das eleições de 26 de Março.

Segundo Dias Ferreira, os efeitos da renúncia individual de Bettencourt não se produzem no final do mês seguinte ao da demissão, isto é a 28 de Fevereiro, como indicam os estatutos. «Perante uma renuncia colectiva de todos os titulares, é óbvio que todos eles ficarão em funções até essa data para permitir que se realizem as eleições», explicou o presidente da Assembleia Geral, dando a entender que Bettencourt só sairá quando todos os membros dos órgãos sociais o fizerem.

Dias Ferreira revelou ainda que a reunião prevista para esta quarta-feira com o Conselho Leonino e mantém. «Vamos ouvir o CL para colher a sua sensibilidade sobre a marcação da data, apesar de ser apenas um órgão consultivo. Dará o seu parecer, dirá que acha que a demissão foi boa ou má, e está também no direito de renunciar ou não à sua qualidade de membro titular do órgão».

Quanto à possibilidade de cooptação, como sucedeu com Soares Franco depois da renúncia de Dias da Cunha, Dias Ferreira foi peremptório. «Essa hipótese foi encarada apenas pela comunicação social e não passou pela cabeça de nenhum membro dos órgãos sociais presentes no plenário», referiu ainda.