O telemóvel é o meio mais utilizado pelos portugueses para comunicar, seja para chamadas de voz ou mensagens, e as operadoras agradecem. Os serviços móveis geraram 2,7 mil milhões de euros de receitas, em 2006, de acordo com dados da Anacom, diz o «Diário Económico».

O valor é distribuído pelas três operadoras existentes no mercado, com a TMN a arrecadar a maior parcela. A empresa móvel do grupo Portugal Telecom (PT), que detém cerca de 46% de quota de mercado, registou receitas operacionais de 1,5 mil milhões de euros, segundo o relatório e contas do grupo do ano passado.

As mensagens escritas são a grande revolução de 2006. Os SMS ultrapassaram os 12 milhões, contra os 4,5 milhões do ano anterior.

Excluindo as receitas do serviço postal, os móveis representaram quase metade da facturação de todos os serviços de comunicações em Portugal, durante o ano que passou.

Os mesmos dados revelam que, sobretudo desde 2003, o crescimento das receitas móveis apresenta uma evolução consistente, depois de uma ligeira descida em 2001.

O desempenho dos móveis contrasta com a quebra das receitas de serviço telefónico fixo e postos públicos, onde a PT continua a deter a maior quota de mercado. Estas receitas atingiram 1,3 mil milhões de euros em 2006, contra os 1,4 mil milhões do ano anterior.

Os acessos digitais, como por exemplo as linhas RDIS, são as que apresentam maior crescimento. O número de prestadores em actividades, treze no total, não registou grandes oscilações desde 2000.

Em terceiro lugar no ranking da facturação do sector surge o negócio da transmissão de dados: 707 milhões de euros. Deste total, o acesso à internet, sobretudo via rede fixa ADSL, é o modo preferido de utilização dos portugueses.

O Relatório sobre a Situação das Comunicações da Anacom mostra ainda que Portugal atingiu uma taxa de penetração de banda larga de 15,3%, considerando o total de clientes do serviço independentemente do acesso utilizado. No global, as comunicações movimentaram receitas de mais de seis mil milhões de euros no ano que passou.

Os negócios de circuitos alugados, as redes de distribuição de televisão e o VoIP, voz sobre protocolo de internet, completam a lista, embora com um peso menor.