O juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira quer acelerar a realização dos oito interrogatórios da Operação Pretoriano, revelou a advogada de José Pereira, um dos 12 detidos.

«O juiz tem manifestado muita preocupação sobre tentar fazer os interrogatórios todos o mais rapidamente possível. Ele está preocupado com o tempo em que as pessoas estão detidas e [quer] dar uma solução final no menor tempo possível», disse Adélia Moreira aos jornalistas, à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

«O juiz tinha dito ontem [quinta-feira] que o timing dele [para a aplicação das medidas de coação] iria ser, no máximo, segunda-feira, mas não nos falou de domingo. Hoje já disse para estarmos alerta todo o fim de semana», afirmou ainda.

José Pereira foi o terceiro arguido a ser ouvido no TIC, depois de António Moreira de Sá e Tiago Aguiar, um dos dois funcionários do clube implicados, seguindo-se Vítor Aleixo, antes da pausa para o jantar.

Os interrogatórios foram retomados às 21h30, com Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, a prestar declarações, ao passo que as restantes três diligências, incluindo a de Fernando Madureira, ocorrem no sábado.

Sandra Madureira, mulher do líder da claque Super Dragões, permaneceu durante o dia esquadra da PSP de Santo Tirso, isto porque, tal como outros três arguidos, não quer prestar declarações no primeiro interrogatório judicial, que está a ser efetuado pelo juiz Pedro Miguel Vieira no TIC e visa a aplicação de medidas de coação.