Em declarações à agência «Lusa», a partir de Nova Iorque, onde esteve reunido com investidores e agências de «rating», Teixeira dos Santos afirmou que os encontros «correram bem» e que as instituições manifestaram «receptividade» ao ambiente de negócios português.
Os investidores «manifestaram grandes preocupações quanto à situação das economias», mas que o «estado de incerteza não é uma preocupação específica quanto a Portugal», afirmou Teixeira dos Santos, após reuniões com representantes do banco de investimento Merrill Lynch, das gestoras de activos Cohen e Seneca e com as duas maiores agências de «rating», Standard&Poor e Moodys.
«Claro que sendo uma pequena economia aberta, não estamos imunes, mas Portugal apresenta condições para minimizar esses impactes», considerou Teixeira dos Santos, sublinhando que «temos actualmente uma economia mais saudável que há uns anos atrás».
A Comissão Europeia reviu recentemente em baixa o crescimento económico português para 2008 para 1,7 por cento, mas entrando em convergência com a Zona Euro, pela primeira vez em sete anos.
Recorde-se que, em 2007, a dívida pública baixou para os 63,6% da riqueza produzida internamente, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados em Março, invertendo a tendência dos dois anos anteriores e ficando abaixo dos 68% face ao PIB, previstos no Orçamento de Estado.
Enquadramento macro-económico «francamente positivo»
Questionado sobre os argumentos que apresentou aos investidores norte-americanos, tendo em conta que actualmente é mais caro investir na Europa devido à valorização do euro face ao dólar, Fernando Teixeira dos Santos respondeu que Portugal tem «acima de tudo, um enquadramento macro-económico francamente positivo».
O progresso verificado no último ano nas Finanças Públicas, essencial para a avaliação do risco-país feito pelas agências de «rating», é uma vantagem para o investimento em Portugal.
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