Portugal garantiu, esta sexta-feira, a qualificação para a final do Europeu de hóquei em patins, ao vencer a França por 5-2, no primeiro jogo das meias-finais.
Em Sant Sadurní d’Anoia, Espanha, Portugal resolveu o apuramento na primeira parte, para selar a sua 36.ª presença em finais na história dos Europeus de hóquei em patins. Os sete golos foram apontados nos primeiros 25 minutos.
A equipa lusa entrou praticamente a vencer no encontro, com o golo de Telmo Pinto, aos 28 segundos, mas a França conseguiu empatar, por Rémi Herman, de penálti, ao minuto sete.
Depois do 1-0, Portugal não criou muito perigo, sofreu o empate e até foi a França a estar mais perto da baliza bem guardada por Pedro Henriques, que negou a reviravolta. Porém, ao minuto 17, Rafa fez a equipa lusa respirar um pouco ao marcar o 2-1.
O 3-1 surgiu logo a seguir, aos 18 minutos, por João Souto, que viajou da direita para a esquerda do guarda-redes para marcar junto ao poste.
A resposta francesa, contudo, não foi demorada. Rafa viu o cartão azul e, de penálti, Carlo Di Benedetto reduziu de livre, depois de ter conduzido a bola para a esquerda e puxado para a direita antes de um remate certeiro de baixo para cima (18m).
Num jogo com várias paragens, várias delas motivadas por livres e penáltis – os 25 minutos da primeira parte foram jogados em quase uma hora (!) – Portugal chegou ao descanso com a maior diferença no encontro, de três golos, graças ao bis de Gonçalo Alves, com dois golos de livre direto (19m, 22m) perante Pedro Chambell, guarda-redes filho do antigo internacional português António Chambel.
A França ainda podia ter reduzido para 5-3 antes do intervalo, mas Roberto Di Benedetto enviou a bola ao poste, num penálti.
Na segunda parte, Portugal conseguiu, de forma global, negar a tentativa de iniciativa da seleção francesa, que não conseguiu criar tanto perigo para reduzir a diferença. O 5-3 até podia ter surgido no quarto penálti de todo o encontro, mas Pedro Henriques defendeu a tentativa de Herman. Apesar de não ter elevado a contagem, a equipa treinada por Renato Garrido jogou melhor em certos períodos da segunda parte face à primeira, conseguindo gerir o jogo e a vantagem para carimbar o apuramento.
Na final, agendada para as 20h45 de sábado, Portugal defronta a Espanha, que horas depois do êxito luso venceu a Itália, no desempate por penáltis.
A seleção nacional está de volta à final cinco anos depois de ter perdido a edição de 2018 para a Espanha, vencedora dessa edição e da última, em 2021, em Paredes, ante a França (2-1 após prolongamento).
No palmarés, Portugal é o recordista, com 21 títulos, seguido de Espanha com 18.
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Jogo no Pavelló Olímpic de L’Ateneu Agrícola, Sant Sadurní d’Anoia.
Árbitros: Miguel Díaz, Jonathan Sánchez (Espanha).
PORTUGAL: Pedro Henriques, Rafa, Telmo Pinto, João Rodrigues, Nuno Santos, João Souto, Xano Edo, Gonçalo Alves, Hélder Nunes, Henrique Magalhães. Selecionador: Renato Garrido.
FRANÇA: Pedro Chambell, Fabien Barengo, Bruno Di Benedetto, Remi Herman, Antony Da Costa, Roberto Di Benedetto, Léo Savreux, Nathan Gefflot, Carlo Di Benedetto, Alan Audelin. Selecionador: Fabien Savreux.
GOLOS:
Telmo Pinto, 1-0 (1m)
Rémi Herman, 1-1 (7m)
Rafa, 2-1 (17m)
João Souto, 3-1 (18m)
Carlo Di Benedetto, 3-2 (18m)
Gonçalo Alves, 4-2 (19m)
Gonçalo Alves, 5-2 (22m)
Artigo atualizado às 22h45, com o apuramento da Espanha