Depois de ter sofrido uma rotura de ligamentos em agosto, Thibaut Courtois renunciou ao Euro 2024 por não ser capaz de recuperar a 100 por cento para a competição, que se vai realizar na Alemanha.

«Devido a esta lesão, não vou ao Europeu. Primeiro tenho de recuperar a 100% e é melhor não colocar metas. Se tiver sorte, talvez consiga jogar algum jogo em maio, mas não vou conseguir estar 100 por cento preparado para uma prova como o Europeu», referiu, em entrevista ao jornal «Sporza».

O jogador do Real Madrid recordou ainda os tempos conturbados na seleção belga com Domenico Tedesco. O guarda-redes deixou duras críticas ao selecionador e reiterou que não deixou o estágio da seleção em junho por não ter sido nomeado capitão, admitindo que não se sentiu respeitado pela federação e treinador por não ter sido homenageado no jogo 102 pelos «diabos vermelhos».

«Durante aquela semana em questão, estive em Tubize (cidade belga) desde segunda-feira, como o único dos três capitães. No entanto, o selecionador nacional não falou comigo nenhuma vez. Ou sim, um minuto antes do treino para perguntar como correram as coisas em Madrid - só isso. Aí eu senti: alguma coisa estranha se passa aqui», contou.

Courtois afirmou ainda que se sente respeitado no Real Madrid, mas não na seleção e que as explicações de Tedesco não o convenceram.

«Para resolver a situação, conversei com Vercauteren (diretor-desportivo da Bélgica) até as quatro e meia daquela noite em Tubize. Sobre a seleção, sobre o clube, o sistema, tudo. Mas Tedesco saiu ao fim de 15-20 minutos – ele estava farto de falar comigo. Não fez nenhum esforço para encontrar uma solução», disse.

Nas mesmas declarações, Courtois revelou que sentiu falta de uma mensagem de Casillas quando se lesionou e que coloca Domenico Tedesco e Roberto Martínez em patamares diferentes. O guarda-redes do Real Madrid diz que não renunciou à seleção e que está disponível para resolver a situação com o selecionador.