André Villas-Boas considerou que Pinto da Costa já não reúne as condições necessárias para continuar na presidência do FC Porto.

«No outro dia disse que é muito fácil desmentir Jorge Nuno Pinto da Costa. Ele já disse que não avançaria, que jamais apontaria uma linha de sucessão direta, que jamais consideraria o FC Porto uma monarquia e que jamais passaria o testemunho. Tenho muito respeito pelo senhor presidente, mas penso que não está em condições, neste momento, de presidir a mais quatro anos no FC Porto. O que se avizinha, pós-2024, é uma linha de sucessão direta para os vice-presidentes», disse o candidato às eleições de 27 de abril, numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença, que vai ser publicada na íntegra esta quinta-feira.

No entender do antigo técnico do FC Porto existem pessoas a aproveitarem-se da «debilidade» de Pinto da Costa. «Parece-me cada vez mais evidente que algumas pessoas, de certa forma, se estão cada vez mais a aproveitar da debilidade do presidente e, digamos assim, da sua incapacidade atualmente.»

Villas-Boas assumiu, ainda, que «dificilmente pensaria» que Pinto da Costa se pudesse recandidatar em 2024.

«Naturalmente é livre de o fazer e eleva este desafio e o sentido de responsabilidade e exigência. Os últimos anos têm levado o FC Porto à ruína financeira e a uma perda de competitividade desportiva. No meu entendimento, sempre pensei que não se recandidatasse. Resolvi avançar com esta candidatura mesmo que ele fosse meu adversário – sinto que o FC Porto precisa de um novo rumo», frisou.