O alerta passa então por pedir novas análises à viabilidade de obras como o TGV, o novo aeroporto e novas auto-estradas, projectos que podem ser assumidos como de «alto risco».
«Faltam 17 meses para as coisas correrem como antes»
Entre os subscritores desta acção estão João Salgueiro, Medina Carreira, Eduardo Catroga, Miguel Cadilhe, Campos e Cunha, Miguel Beleza ou Silva Lopes.
«O documento não deve transformar-se num cavalo de batalha política», disse o economista Daniel Bessa à agência Lusa, que é um dos subscritores do texto que é apresentado oficialmente no sábado.
As quase três dezenas de economistas e empresários, contactadas por Alexandre Patrício Gouveia e Eduardo Catroga para a subscrição do documento, foram convidadas a «apresentar um documento anexo com o seu entendimento sobre os projectos».
Manifesto de economistas é «mais do mesmo»
Documento ignora «máfia financeira»
«Eu próprio agreguei um texto em que fiz uma análise do investimento público e do contributo que ele tem na indução do investimento privado», disse Daniel Bessa.
Em declarações à agência Lusa, o antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva, Eduardo Catroga, sublinhou que «este não é um documento contra as obras públicas do Governo, mas sim um alerta para a necessidade de adaptar os investimentos às condições económicas».
Nogueira Leite de fora
Quem não assinou o documento foi António Nogueira Leite, que explicou que, apesar de concordar com o teor e de «ter sido contactado, antes das eleições europeias, para subscrever o manifesto», decidiu não o fazer.
«Não faz sentido repetir a subscrição do manifesto que é, na substância, igual ao que subscrevi com mais doze economistas em 2005», disse Nogueira Leite.
Campos e Cunha e Silva Lopes são outros dos economistas que assinam o manifesto, e que sublinham a necessidade de separar a discussão técnica do debate político.
«Não é contra as grande obras públicas», mas «é a favor de uma reavaliação» dos investimentos, disse Campos e Cunha.
Silva Lopes disse, por seu turno, recear que o documento seja utilizado para fins político: «Tenho algum receio que [o manifesto] seja explorado para a luta política e rejeito esta manipulação. O meu objectivo é puramente técnico», disse.
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