O inspector-geral do Trabalho, Paulo Morgado de Carvalho, que falava aos jornalistas após a apresentação da Estratégia Nacional para a Saúde e a Segurança no Trabalho 2008/12, explicou que «por vezes, estas empresas exercem actividade sem cumprirem as condições exigidas», avança a «Lusa».
Segundo o responsável, actualmente são 82 as empresas deste área autorizadas a trabalhar.
Mas, existem «cerca de 250 em processo de desenvolvimento e cerca de 200 em processo de autorização, e algumas destas podem estar em actividade», referiu o responsável pela Autoridade para as Condições do Trabalho.
Infracções detectadas
O ministro do Trabalho e Solidariedade Social, que encerrou a apresentação, afirmou que Portugal tem «milhares de profissionais formados nesta área, tanto de nível superior, como técnico-profissional», avançando com uma estimativa entre 14 e 15 mil, formados nos últimos 10 anos.
Mas, mesmo assim, «estamos fragilizados em termos de estruturas profissionais» na saúde, higiene e segurança no Trabalho, para apostar na fiscalização, mas também na prevenção, acrescentou.
No início de Março, a Autoridade para as Condições do Trabalho anunciou ter detectado mais de 900 infracções na inspecção a 76 empresas de saúde higiene e segurança no Trabalho em 2007.
Com a Estratégia Nacional para a Saúde e a Segurança no Trabalho 2008/12, o governo pretende apostar na redução da sinistralidade do trabalho tendo como objectivo uma diminuição de 25 por cento até 2012.
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