A cisão da PT e da PT Multimédia segue, segundo o Governo, os objectivos fixados no programa do executivo e as orientações estratégicas para o sector. A operação vai, por isso, «contribuir para uma nova dinâmica de desenvolvimento concorrencial, tecnológico e económico, da qual os consumidores portugueses serão os maiores beneficiários».
Esta separação leva à criação de um «operador alternativo global, a PTM, dotado de uma infra-estrutura de rede de cobertura nacional e com grande capilaridade, com mais de 1 milhão e meio de clientes, com uma quota de cerca de 20% no importante mercado da banda larga e com todas as condições para contribuir para o desenvolvimento da concorrência em todos os mercados das comunicações electrónicas», avança o Governo em comunicado.
Portugal melhor na concorrência a nível europeu
Por estas razões, Portugal coloca-se «assim num dos primeiros lugares do panorama europeu em termos de concorrência de infra-estruturas, ao dispor de duas redes de comunicações fixas com elevado grau de concorrência, para a grande maioria dos clientes, e aptas à prestação de serviços triple-play (telefone, Internet e TV)», sublinha o Ministério das Obras Públicas.
O Governo está também convicto de que estão criadas as condições para que a PTM possa desenvolver uma estratégia própria e independente de actuação no mercado, face aos demais operadores, e que «todos os operadores se sentirão fortemente motivados a continuar a sua aposta no investimento, na inovação e no lançamento de novos e melhores serviços».
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