Com sede em Lisboa, a ATX Software disponibiliza soluções para grupos que pretendem construir ou fazer evoluir sistemas para criação de negócio na Internet. Depois da criação da Realease em Las Vegas, a empresa está atenta a parcerias em outros mercados. Satisfeito com o nível de sofisticação do sector em Portugal, o director de marketing da ATX Software, Nuno Antunes Ferreira, respondeu às questões da «Agência Financeira».

A ATX Software anunciou há poucos meses o processo de expansão para os Estados Unidos. Como está a decorrer esse processo e que objectivos tem a empresa até ao fim do ano?

A ATX Software tem um ambicioso plano para a sua internacionalização. Em Setembro, iniciou a actividade da Realease, uma filial da ATX Software sedeada em Las Vegas, com o objectivo de acelerar e sedimentar a nossa posição no mercado norte-americano. A Realease estenderá a sua actividade ao território dos Estados Unidos e Canadá, quer directamente, quer através de uma rede de parceiros.

O facto de terem apostado no mercado norte-americano, significa que essa região é mais permissiva à tecnologia da ATX Software do que o mercado europeu?

Os dois mercados são extremamente importantes. O arranque com uma operação no espaço norte-americano deve-se ao facto de este ser um mercado com uma enorme dinâmica onde tudo acontece mais depressa. Isso constitui para nós um enorme desafio, acelerando o processo de comercialização dos nossos produtos que continuarão ao ser desenvolvidos em Portugal.

Quanto vai a ATX investir nessa internacionalização?

Este projecto prevê recursos de até um milhão de euros.

A ATX está atenta a outros mercados. Onde marcam já presença?

A ATX Software marca também presença internacional através da construção de uma rede de parceiros. Estamos já presentes na América Latina, na Alemanha e muito brevemente na Europa de Leste. Avizinha-se também presença no Reino Unido, tendo a ATX Software sido recentemente convidada pela Embaixada Britânica a participar num seminário sobre Investigação e Desenvolvimento. A ATX Software tem uma aliança estratégica com a Universidade de Leicester, no domínio da investigação.

Quais as principais barreiras ao desenvolvimento dos vossos produtos?

Não existem verdadeiramente barreiras ao desenvolvimento de produtos. O que existe é um cuidado constante com a adequação da oferta às necessidades do mercado.

De que forma a ATX observa o mercado das tecnologias em Portugal?

O mercado português é maduro e com um elevado nível de sofisticação, quer do lado da oferta, quer da procura. As empresas portuguesas de TI (Tecnologias de Informação) são em grande parte constituídas por profissionais de elevadíssima qualidade. A escala do país coloca às empresas o grande desafio da internacionalização.

A ATX está no mercado com três tipos de perfil de actuação. Ao certo, o que diferencia a empresa no mercado nacional e internacional?

A ATX Software está presente no mercado com três níveis de operação: enquanto fornecedores de serviços, aplicamos o nosso conhecimento e as melhores tecnologias e metodologias na concepção e personalização de soluções, capazes de suportar a médio e longo-prazo as necessidades dos clientes. Disponibilizamos ainda serviços especializados com particular ênfase nas áreas de reengenharia e modernização de sistemas, migrações tecnológicas e certificação de qualidade de código; enquanto «technology provider», fornecemos os nossos produtos tecnológicos e operamos com companhias que pretendem melhorar e expandir os seus serviços, incluindo as tecnologias ATX Software no seu portfólio. Todas estas vertentes de negócio são exploradas em Portugal. A nível internacional, iniciámos a actividade com o lançamento dos nossos produtos que são de vanguarda e verdadeiros embaixadores daquilo que de melhor, pensamos, se faz em Portugal.