We shall defend our island whatever the cost may be.
We shall fight on beaches, we shall fight on the landing grounds,
We shall fight in the fields and in the streets.
We shall fight in the hills,
We shall never surrender.
Mais de três décadas depois, já tinham Ronaldo, Bota e Bola de Ouro, melhor do mundo, da Liga dos Campeões e arredores. Pelo menos durante um ano ninguém lhe pode negar o estatuto. Sentando a um trono, olhando todos de lado e de cima para baixo, em pose de capa de videojogo, fingindo que não vê Berbatov, Rooney, Giggs, Tévez e Scholes a divertirem-se no relvado, justificando com trick shots uma possível candidatura a um prémio futuro. Do outro lado da cidade, Robinho. Em Londres, Cech, Drogba, Essien e Lampard; e ainda Nasri, Adebayor e Fabregas. Gerrard e Fernando Torres a acenar de Liverpool. Contem connosco! Alguém que joga em Inglaterra acabou de convencer todos os da FIFA e os candidatos aumentam.
Agora, como se já não fosse suficiente, ainda levam Quaresma e Arshavin. Finalmente, Ricardo terá o espaço que os italianos regateiam ao centímetro, cada quadrado de relva servido em tupperware como se fosse uma recordação de antes da demolição desse estádio. Já Andrej vai para um país onde os dribles valem mais do que brindes com vodka e uma palmada nas costas. Onde os ídolos são super-heróis e não operários sem face, peças de engrenagem de algo maior.
Aviso já! Se levarem para lá Kaká, Ibrahimovic e Messi faço já as malas. Se importarem também a classe do sucessor de Rui Costa em San Siro, os mísseis térmicos de Zlatan ou o futebol de rua do novo Maradona, não poderemos manter muito mais tempo o estado de negação: o centro do planeta acabou de mudar! O futebol, agora sim, estaria mesmo em casa, mesmo que não tenha nada que ver com o jogo que sempre se jogou aí. Se não lhes podes ganhar, junta-te a eles. Mesmo que eles sejam o raio dos chatos dos ingleses.
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