DESTINOS é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINOS.
VALDO: Benfica (1988 a 1991 e 1995 a 1997)
Valdo Cândido de Oliveira Filho. Até o nome respira classe. Valdo, um dos grandes génios a pisar os relvados do futebol nacional nos anos 80 e 90. Duas vezes campeão nacional pelo Benfica (1989 e 1991), vencedor da Taça de Portugal (1996) e da Supertaça (1989).
Mais do que as taças, a poesia no pé direito. Os movimentos leves, etéreos, como se pisasse nuvens de algodão durante 90 minutos. Valdo é uma das memórias mais doces do nosso futebol de outros tempos, o cavalheiro do passe e do drible, dos livres suaves e dos cantos venenosos. Sim, foi ele o autor do cruzamento para a mão de Vata, a segunda mais famosa das mãos dessa década. Cinco temporadas de águia ao peito, mas muito mais. Pela seleção do Brasil fez 45 jogos e 4 golos, esteve nos Mundiais de 1986 e 1990, privou com Sócrates e Zico.
O DESTINOS encontra-o em Brazzaville, capital da República do Congo. É nesse país que Valdo, o poeta da Luz, treina a seleção principal, a seleção de sub23 e a seleção de sub17. Desperta sempre às quatro e meia da manhã, prepara e paga do próprio bolso 70 pequenos-almoços, treina debaixo de um sol abrasador duas vezes por dia, chega a casa cansado, como conta ao Maisfutebol.
Saudades? Da casa que tem em Lisboa há mais de 30 anos. E da família, claro. Uma família de sportinguistas e belenenses. Valdo é o único benfiquista, mas tem boas razões para isso.
VALDO NO BENFICA:
1988/89: 33 jogos, 5 golos (Campeão)
1989/90: 36 jogos/4 golos (2º lugar)
1990/91: 30 jogos/5 golos (Campeão)
1995/96: 39 jogos/6 golos (2º lugar)
1996/97: 43 jogos/9 golos (3º lugar)
TOTAL: 183 jogos/29 golo
TROFÉUS: dois campeonatos, uma Taça de Portugal uma Supertaça
Maisfutebol – Valdo, boa noite. Aí em Brazzaville já é tarde.
Valdo – Boa noite. É, depois de falar convosco vou dormir. Mas para Portugal é um prazer falar, é o meu país adotivo.
Está há quantos anos aí no Congo?
Em fevereiro de 2021 completarei quatro anos aqui. Eu era comentador do Canal Plus, mas não era o meu forte. As pessoas diziam que eu defendia em demasia os jogadores. Sou mais da paz, não gosto de criticar e talvez a mensagem não passasse muito. Então, um amigo meu chamado Henrique, que tinha contactos aqui no Congo, perguntou-me se eu estaria interessado em abraçar este projeto, começando pelas seleções jovens. Vim cá conhecer as condições, achei as pessoas maravilhosas, vi miúdos interessantes e dois meses depois voltei. Acertámos tudo e cá estou já há quatro anos. O tempo passa rápido.
Tem algum português a trabalhar consigo?
O único que eu convenci a vir para cá foi o Sérgio Louro [guarda-redes do Sporting de 1983 a 1993]. Ele é o meu treinador dos guarda-redes. A esta altura deve estar em Paris e amanhã chega cá para começarmos a preparar o duplo confronto contra a Suazilândia.
Quais são os objetivos do Valdo a curto/médio prazo com a seleção do Congo?
Queremos estar na CAN e isso vai depender muito destes dois jogos contra a Suazilândia. Se ganharmos os dois jogos, ficamos com um pé e meio na CAN. O Senegal está na frente do grupo, depois estamos nós a lutar com a Guiné-Bissau para a qualificação. Eles têm um duplo confronto com o Senegal e, à partida, o Senegal é mais forte. Tem uma seleção muito forte, são o papão do grupo. A maior parte dos meus futebolistas atua nas segundas divisões. O campo é sintético, daqueles duros, e os adversários têm muito problemas. Faz muito calor aqui, à tarde é sempre 40 graus.
Há algum jogador a atuar em Portugal nas suas seleções?
Tinha o Gaius Makouta. Ele esteve uns anos no Sp. Covilhã, depois foi contratado pelo Sp. Braga e agora está a jogar na Bulgária [Beroe]. Tenho muita confiança nele. É alto, tem técnica e faz golos. É o ídolo da torcida aqui do Congo. Se o Sp. Braga o recuperar, poderá fazer um grande negócio. É um rapaz com personalidade, passou dois anos na Covilhã sozinho.
Como é a vida em Brazzaville com a pandemia?
Podemos dizer que a pandemia não chegou aqui. Eu ando sempre de máscara, mas sou dos poucos. Há pouquíssimos casos de infetados e ainda menos mortes, claro. Não sei se tem a ver com o calor excessivo. É uma cidade com alguma beleza, mas não é a minha querida Lisboa (risos). Eu aqui tenho uma vida de dedicação total ao futebol. Levanto-me todos os dias às quatro e meia da manhã. Faço o pequeno-almoço para os meus meninos, 70 todos os dias. E pago tudo do meu bolso, não é a federação. Compro, embalo, faço o leite, faço o sumo. Comemos juntos e às seis e meia eu apito. É a hora de irmos para o campo de treino. Começamos a treinar às sete, porque às oito o calor começa a ser insuportável. Volto para casa, tomo um banho, atravesso a rua e vou trabalhar umas horas na federação. Ao final da tarde dou treino à seleção principal. O problema é que o jogo é no dia 12 e a maior parte dos jogadores chegam no dia 10. É falar, fazer um trabalhinho tático e ir para o jogo.
VÍDEO: o melhor de Valdo num Fiorentina-Benfica
Nunca teve um convite para ser treinador em Portugal?
Tenho 56 anos, estou a ficar cansado (risos). Quero voltar para casa em Lisboa e se conseguir trabalhar na I ou II Liga, ou mesmo num projeto bom na formação, claro que aceito. Quando sair do Congo, posso dizer que eu é que deixei aqui preparadas estas novas gerações. O meu meio-campo dos sub17 tem qualidade para jogar em qualquer país do mundo. Eu sou calminho, mas como treinador sou muito chato. Estou sempre a fazer reparos sobre os detalhes.
Então continua a ter casa em Portugal?
Há 33 anos. A minha terra é Lisboa, moro na Rua General Firmino Miguel. É lá a minha casa.
A prioridade é voltar para a sua família.
Está na hora, dentro em pouco terá de ser. Foram muitos anos a dormir fora de casa. A brincar, eu dizia muitas vezes ao Ricardo Gomes, meu colega de quarto durante 12 anos, que dormi mais vezes com ele do que com a minha mulher. Essa é a nossa frase. Eu trato-o por ‘Bacana’, é uma pessoa maravilhosa. Eu, ele e o Mozer somos os ‘Bacanas’. Criámos uma grande amizade, o Ricardo é um dos meus melhores amigos. Agora estamos fisicamente longe, mas vamos falando por telemóvel. Peguei nos filhos dele ao colo, agora ele já é avô. Esse é o lado bonito do futebol, há muita gente boa, não é tudo mau.
O Valdo e o Ricardo Gomes chegaram ao Benfica em 1988. Como é que foi esse processo?
Eu tinha 24 anos. Eu nunca quis sair do Brasil, fui sempre apaixonado pelo meu país. Se não sentirmos nada quanto toca o hino nacional, então temos de mudar de profissão. O empresário Manuel Barbosa apareceu em Porto Alegre e eu não ganhava nada de especial no Grémio. Nessa altura eu até estava a construir a casa dos meus pais. O Manel chegou com a proposta e até me lembro de uma coisa engraçada. No papel estava escrito ‘Sport, Lisboa e Benfica’ e eu pensei para mim: ‘estou a jogar para caramba, já tenho três clubes atrás de mim’. O Sport era aquele verde e branco, Benfica também conhecia, só não conhecia o Lisboa. Disse isso ao Manuel Barbosa e ele disse ‘és parvo, pá, isso é só um clube, é o Benfica’. Bem, cheguei e encontrei uma estrutura maravilhosa, adaptei-me rapidamente. Nunca fui muito de complicar, queria era jogar à bola. Tínhamos uma grande equipa, um deles o Chalana. Esse Fernando Chalana era de outro planeta. Não dá para compará-lo ao Messi, são outros tempos, mas antes dele ter as lesões… nossa, jogava muito.
Ele nessa altura já tinha 30 anos.
A única coisa que ele fez mal foi ter ido para França, para o Bordéus. Aquilo lá faz um frio danado. Se ele tivesse ido para a Espanha teria sido melhor. Eu ria-me muito com ele. Vinha ter comigo e dizia: ‘Sócio, aqui só eu é que cheiro o futebol. Agora sou eu e você, só nós é que cheiramos o futebol’.
O Toni era o treinador da equipa e o Eusébio era um dos adjuntos.
O Jesualdo era o adjunto e o King estava ali. O King era o King, entrava, saía, falava. Vida longa ao Rei. Posso dizer que era amigo dele, apesar de ser mais jovem. Tive várias vezes o prazer de almoçar na Tia Matilde com ele. Veja quem estava à mesa: eu, o King, António Simões, o intruso Hilário, que era do Sporting, e o mister Toni. Ouvi coisas maravilhosas. Quando estamos sentados com o Eusébio e o Simões só temos de ouvir, não podemos falar nada.
Almoços incríveis.
O Eusébio chamava-me Valdinho. ‘Valdinho, uma vez fui inaugurar o estádio Beira Rio [Porto Alegre] e o guarda-redes deles disse à barreira para abrir. Eu disse-lhe que ele estava maluco, que não era o Ferreira que ia marcar, pá. Rematei à baliza, puuum, ao ângulo. Fui ter com o guarda-redes e disse-lhe ao ouvido que o meu nome é Eusébio’. Eu ouvi milhares de histórias dessas à mesa com eles. A morte dele foi uma grande perda. Era um homem único.
VÍDEO: um golo fantástico de Valdo na Luz (imagens RTP)
O Valdo jogou com Zico, Sócrates, Bebeto, Romário. Isso é o topo dos topos.
Eu só não queria atrapalhar (risos). Apanhei quatro gerações na seleção do Brasil. O Leão que vinha dos anos 70, Edinho, Óscar, Sócrates, Alemão, Careca, Renato Gaúcho, Dirceu, Cerezo, o grande mestre Luisinho, que jogou no Sporting. E o Branco, Leandro, Zico. Eu nasci numa terrinha com 600 habitantes, Siderópolis. Quando eu tinha 14 anos, disse ao meu tio Nascimento: ‘faça a seleção da Copa de 82 e deixe uma vaga no meio-campo’. ‘E faço o quê com essa vaga?’. ‘Escreva aí: Valdo’. Ele foi dizer à minha mãe que eu estava louco, à minha mãe Lúcia. E a minha mãe disse assim: ‘se ele diz que vai jogar na seleção, então ele vai jogar na seleção’.
E jogou 45 vezes.
O grande segredo, digo isto muitas vezes aos meus atletas, é conhecer bem as nossas limitações. Dessa forma diminuímos a nossa margem de erro. Alguns julgam que jogam mais do que jogam, querem fazer a diferença e só fazem asneiras. Vejo isso em muitos colegas do Neymar e do Messi. Eu fui reserva na seleção durante muitos anos. No Mundial de 1986 eu nem joguei, mas estava lá. E isso é importante. Tinha um colega meu que jogava muito, mas que se queixava ainda mais. E eu disse-lhe: ‘calma, o nosso nome está na convocatória, e se falares vais ter problemas’. O que se podia dizer do Zico, do Romário e do Bebeto? Eles faziam a diferença. Não davam para trás, mas faziam a diferença para a frente e nós estávamos lá para equilibrar. Esse meu colega foi protestar não sei o quê e nunca mais foi convocado.
O Valdo não jogou no Mundial de 86 mas em 1990 foi titularíssimo.
Fomos eliminados no melhor jogo que fizemos, contra a Argentina. Mandámos três bolas aos ferros e viemos embora. A Argentina não jogou nada e qualificou-se. As seleções de 86 e 90 eram muito boas, mas o génio [Maradona] acordou 30 segundos e deu cabo de nós. Ele era fantástico. Aquelas coxas, o pé esquerdo, não havia forma de lhe tirar a bola. Completamente maluco, como todos os génios. Em 86 eu vi o Boniek, Platini, Tigana, estar na Copa do Mundo era fantástico. Havia magia. Hoje é diferente, há muitos bons jogadores, mas no passado havia mais génios. Hoje há muita pancadaria, muita luta no meio-campo. Eu tento passar a ideia de ter a bola e jogar mais à bola. Se jogarmos bem à bola, a imprensa é obrigada a falar de nós. Tenho uma ligação com eles de pai para filhos.
Eles têm consciência de quem foi o Valdo no futebol?
Quando eu cheguei, não. Agora têm mais. Aqui há muita gente sem televisão ainda. A informação não chega como chega à Europa. Gosto muito disto, mas estou louco por voltar a Lisboa.
Foi em Lisboa que o Valdo bateu o canto para o golo da famosa mão do Vata.
Há a Mão de Deus e a há a Mão do Vata.
Percebeu logo que tinha sido com a mão?
Não, não. Estava muita gente na Luz e muita gente dentro da área. A minha ideia do lance é esta: o Eric Di Meco, um tipo fantástico, estava a agarrar o Vata pela cintura; depois ficou com medo e soltou-o, o Vata foi ao encontro da bola e tocou aqui na zona do braço. Mas o Vata diz sempre assim nas entrevistas: ‘quem sabe onde a bola tocou sou eu’ (risos). O Estádio da Luz moderno é lindo, mas o antigo… que inferno.
E depois há a final perdida contra o AC Milan.
Foi renhida. Mas veja o Milan (Valdo diz a equipa de cor): Galli, Tassotti, Costacurta, Baresi e Maldini; Ancelotti, Rijkaard e Gullit; Donadoni, Van Basten e Evani. Eles tinham ganho tudo na Europa. O deus do golo era o Van Basten. Não tinha estilo nenhum de jogador, mas era incrível. Mas o que mais me impressionava era o Rijkaard. Grande, forte, ganhava tudo no ar. ‘Cracaço’! Ainda jogou uns tempos no Sporting, não foi? Eles eram difíceis, nunca entravam em pânico. Tudo era tranquilo e normal. A bagagem que eles tinham dava-lhes isso. Discutimos o resultado até ao fim, mas eles eram mais fortes e tinham mais experiência. ‘Cabelo branco tem o seu valor’, dizia o meu avô.
E os jogos contra o Sporting e o FC Porto como eram?
Muito duros. Bem, se na altura houvesse VAR… eu não sou especialista, mas agora perde-se cinco minutos às vezes a ver uma falta normal. No meu tempo, com VAR. Ui, ui. Hoje há bons jogadores, mas o meu Benfica tinha três suecos internacionais, cinco brasileiros internacionais, dois angolanos internacionais e muitos portugueses internacionais. O nível era alto. E o Porto? Grandes equipas. Geraldão, Branco, André, tudo jogadores de seleção. E os estádios eram mais imponentes. Eu cheguei a jogar na Luz com 100 mil pessoas. Está a imaginar a reação dos jogadores que chegavam lá e viam aquilo cheio? Mas o que mais me irrita é outra coisa. Hoje em dia para alguém falar com um futebolista… é mais difícil do que falar com o Obama. As pessoas pagam bilhete, quotas e nem sequer podem estar perto dos atletas do clube.
É verdade.
A proteção é excessiva, é tudo fechado. Eles têm de se lembrar que todos vão deixar de jogar. Como o Pelé e o Eusébio deixaram um dia. Digo isto muitas vezes: tudo o que eu tenho e tudo o que eu ponho na mesa existe porque milhares de pessoas estiveram dispostas a pagar bilhete para me ver jogar. Dou muito valor a isso e nunca me esquecerei de onde eu vim. O futebol é estranho agora. Já falei do meu capitão dos sub17 a vários clubes portugueses. Joga muito, muito. Ainda ninguém fez nada. Daqui a pouco vai aparecer a jogar em Inglaterra e as pessoas vão admirar-se.
Qual foi o melhor golo que marcou pelo Benfica?
Marquei um muito bonito ao Sp. Braga, logo à minha chegada. Depois fiz um ao Académico de Viseu na Luz, esse foi o mais bonito. Driblei quatro ou cinco, o guarda-redes saiu e bati de pé esquerdo ao ângulo. E depois fiz um ao Bayern, ao Kahn, muito bom. Eu gostava de fazer golos, mas gostava mais de servir os colegas. Até o meu pai me dava na cabeça por causa disso.
Quem foi o melhor jogador que teve ao lado no Benfica?
João Vieira Pinto. Um autêntico génio. Nem vale a pena falar no Chalana, esse era de outro planeta. O Joãozinho tinha tudo, a impulsão, o remate. Às vezes parecia que ia perder a bola e lá conseguia ficar com ela. Adoro o João, amo. É um amigaço. Foi um jogador fantástico e carregou muitos anos o Benfica às costas. Quando voltei ao Benfica, em 1995, voltei por causa dele. Eu achava-o fantástico e queria muito jogar com o João. Achei que seria fácil e que íamos fazer a dobradinha. Com o Rui Costa joguei pouco tempo. Pediram-me para indicar um número dez, quando eu saí para o PSG, e eu disse que já estava no Benfica: Rui Costa. Ficaram muito surpreendidos, mas eu disse que só precisava de uma oportunidade.
E o melhor treinador?
António Oliveira, o grande Toni. Ele e o Eriksson complementavam-se, mas o Toni, genericamente, era melhor. O Artur Jorge tinha uma coisa especial: levava o jogador a acreditar que era o melhor do mundo, era o ponto forte dele. Com o Artur eu entrava em campo a pensar ‘eu sou o cara’. O PSG é o que é, em grande parte, por culpa do Artur. Revolucionou o clube. Não digo que o PSG era mais forte, mas tínhamos quatro estrangeiros de grande nível: eu, Ricardo Gomes, Raí e Weah. E só podiam jogar três. O resto eram franceses e todos de alto nível. Hoje quantos franceses tem o PSG? Mbappé, Kimpembe… o resto são estrangeiros graduados, tropa de elite. Eu amo o PSG, fui muito feliz lá, mas a camisola deles ainda não mete medo na Europa. Quando ganhar uma Champions, ganhará mais. É como o Milan. O gigante que tremeu em Vila do Conde não é sequer uma sombra do Milan dos anos 80 e 90. E ainda por cima sem o Ibrahimovic. Ah, Eriksson: bom treinador, mais recatado. O Toni era mais expansivo, era o homem do futebol de rua.
Que mensagem quer enviar para Portugal, a partir de Brazzaville?
Primeiro, umas palavras para os benfiquistas: foi um prazer enorme envergar o manto sagrado. Depois, para todos os portugueses: neste momento tão difícil, por favor procurem seguir à risca as indicações médicas. Não podemos vacilar. Um pouco mais de paciência, alguém vai encontrar a vacina e até lá não podemos facilitar.
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