Que ano. 2023 teve muito que contar. Grandes momentos, glória e sofrimento, grandes bebedeiras. As histórias do Jornal do Incrível pedem um sofá confortável, com um copo a acompanhar. Não precisa de ser álcool, vá. Até porque Jack Grealish deve tê-lo bebido todo. 

Como de costume na quadra natalícia, o Maisfutebol juntou as histórias mais insólitas do ano. Para rir e chorar por mais. Dos episódios rocambolescos em volta dos milhões gastos em vão pelo Chelsea aos festejos épicos de Grealish (obrigada, Jack!), de embaraços conjugais a loucuras de adeptos, de heróis improváveis a grandes confusões, do futebol ao atletismo, do Brasil a Portugal, da Arábia Saudita à Índia, do Burkina Faso à Argentina, difícil é escolher.

O ponto de partida são dez histórias, mas na verdade são muitas mais. A culpa não é nossa, é deles.

1. «Tivemos de aumentar o balneário porque não cabiam todos»

Thiago Silva falava assim sobre os dias agitados em Stamford Bridge depois de mais 330 milhões gastos pelo Chelsea no mercado de janeiro. Com Enzo Fernandez a encabeçar um minibus de reforços e ainda João Félix por empréstimo, sucederam-se os relatos de jogadores que tinham de se equipar nos corredores ou esperar a sua vez. Até, lá está, ser preciso remodelar o balneário. Mas os problemas desportivos não se resolveram à força dos milhões e arrastaram-se para a nova época, com mais episódios insólitos. Se em fevereiro os Blues apenas marcaram um golo – de João Félix -, em setembro não tiveram mesmo ninguém em quem votar na eleição do golo do mês. No meio disto nem o novo treinador, Mauricio Pochettino, conseguia manter-se a par dos jogadores que o Chelsea tem ou não tem.

2. Polícia entra em campo e Luís Castro tenta expulsá-los

A temporada no Brasil valia um Jornal do Incrível especial. E os treinadores portugueses ajudaram à festa. Comecemos por aqui. O clássico entre Botafogo e Flamengo do Carioca foi quentinho. Teve Tiquinho Soares expulso por agredir o árbitro e uma invasão que levou à entrada da polícia em campo, para indignação de Luís Castro, que deu ordem de saída de campo aos agentes. No fim, o treinador português estava indignado com a presença da polícia no relvado. «Mas eu sou algum assassino? Vou roubar o árbitro?»

Vítor Pereira, que treinava o Flamengo mas não estava no banco naquele clássico, nem chegou ao início do Brasileirão. Foi despedido do então detentor da Taça Libertadores depois de perder quatro títulos em três meses, mas antes disso teve o pior clube do mundo a desafiar o Fla para um amigável «a valer Vítor Pereira» . E depois a prefeitura de São Paulo usou a saída do treinador português para promover 500 vagas de emprego. Também Abel Ferreira, que acabou a festejar o título com reviravolta épica, passou por momentos de tensão e episódios insólitos, como aquele em que tirou o telemóvel a um jornalista que o filmava a falar com o árbitro.

3. Publicação do clube leva a revelação: jogador mantinha duas relações ao mesmo tempo

Era uma publicação inocente e simpática a do Valladolid nas redes sociais, a dar os parabéns ao basquetebolista Sergio de la Fuente pelo nascimento da filha. Até que apareceu este comentário, escrito por uma mulher, por sinal esposa de outro ex-jogador: «Que surpresa! Este rapaz era namorado da minha irmã até ontem. Estavam juntos há três anos. Que seja muito feliz e que viva o poliamor.» A publicação foi apagada, mas o mal estava feito.

O ano teve muitas mais histórias incríveis a envolver questões conjugais. Como a de Marcelinho Carioca, que se meteu com uma mulher casada, foi sequestrado pelo marido dela e apareceu a contar a história com um olho negro. Ou a do antigo craque Andreas Brehme, que gravou um vídeo para um fã mas esqueceu-se de avisar a mulher e ela apareceu na imagem em topless. Já para não falar dos jogadores a quem o futebol estragou planos conjugais. Como, entre outros, o central português André Amaro, que ficou sem lua de mel para ir ao Euro sub-21. Quem tem um conselho avisado sobre esse assunto é o ex-benfiquista Deyverson, que interrompeu uma conversa com jornalistas para atender o telefone: «Se a minha mulher liga…»

4. A festa do City foi tão boa que deixou Grealish assim

2023 teria tido bem menos graça sem aquelas imagens de Jack Grealish a festejar a Champions do Manchester City, o troféu que fechou uma «treble» histórica. Grealish a beber, a dançar, a cantar karaoke com dedicatória ao «sem-abrigo Bernardoooo», a sair do avião depois da noitada e depois a ter de ser amparado por Rúben Dias a descer do metro. Que rei. Mas não foi o único, ele só deu mais nas vistas. Rúben Dias, por exemplo, tinha passado mais ou menos despercebido, até Ederson contar que no meio daquilo o central português vomitou… para a mala da mãe de Grealish.

Houve muitos mais momentos inusitados a envolver gente famosa. Como a revelação de Pep Guardiola, quando disse que mesmo que vencesse a Liga dos Campeões iria sentir-se um falhado, por causa de… Julia Roberts. O Manchester United não perdeu a oportunidade para provocar o treinador do City. A coisa acabou com Guardiola a vencer a Champions e a receber uma mensagem da atriz.

Também houve aquele percalço com Osimhen, por causa de uma publicação do Nápoles no Tik Tok a brincar com um penálti falhado pelo avançado.

E não pode faltar aqui Balotelli. O avançado italiano anda mais discreto, mas merece uma menção honrosa, pela «ajuda» que deu a Micah Richards na chegada do inglês a Itália.

5. O VAR chegou a um torneio entre bairros do Burkina Faso

Num campo de terra batida marcado por linhas muito tortas, um campeonato amador com tecnologia de vídeo-árbitro, num país onde ela não existe nem no principal campeonato. A história, como foi contada pelo Maisfutebol, pode ter ar de piada, mas na verdade diz muito mais do que parece.

O VAR tem de resto dado muito que falar, mas não vamos entrar por aí. Bom, vamos só um bocadinho. Para falar do insólito que aconteceu no FC Porto-Arouca da 4ª jornada da Liga. Correu mundo a falha de energia no Estádio do Dragão que impediu o árbitro de ter acesso às imagens na decisão de um potencial penálti sobre Taremi e acabou com Miguel Nogueira a decidir depois de falar ao telemóvel com o VAR.

Já agora, em março tinha acontecido algo parecido, no Egito. Mas aí não havia VAR. O árbitro tomou uma decisão depois de rever um lance no telemóvel e acabou suspenso pelo Comité de Arbitragem da federação egípcia, liderado pelo português Vítor Pereira. Não esse, o outro.

6. Al Nassr simula portistas a elogiar a Arábia Saudita

Ah, a Arábia. Outra fonte sem fim de histórias, amplificadas pela publicidade que o país ganhou à custa do poço sem fim de dinheiro que vai gastando a contratar nomes sonantes. Começando por este momento surreal. Na oficialização de Otávio, que de melhor jogador da Liga portuguesa passou a reforço do Al Nassr de Cristiano Ronaldo, o clube publicou um vídeo que é um manual de propaganda (alguém falou em sportswashing?), com atores vestidos com camisolas do FC Porto que elogiam a «visão» do «grande país». Continuando por aí, também vimos Cristiano, Otávio e Luís Castro vestidos com trajes tradicionais e espadas a celebrar o dia nacional da Arábia Saudita.

Em campo, também houve que contar. Como aquela vez em que atiraram um chinelo a Otávio, que ele calçou enquanto Cristiano Ronaldo dançava. Ou quando Luís Castro ficou a saber na conferência de imprensa que podia utilizar o guarda-redes Ospina num jogo da Liga dos Campeões. Não ficou tão confuso quanto Sadio Mané, outro reforço do Al Nassr, quando viu um colega na equipa adversária.

Há muito mais vindo das Arábias. No início do ano, por exemplo, Pepa soube que tinha sido despedido do Al-Tai pelas redes sociais. Mas antes o treinador português tinha defrontado Cristiano Ronaldo e ambos tiveram uma conversa aparentemente muito divertida sobre… a EMEL.

Para fechar as histórias das Arábias, só mais esta. O dia em que o ex-benfiquista Draxler saiu do campo antes do fim de um jogo no Qatar.

7. Prometeu correr nu no Marquês se Félix marcasse... e correu

De promessas de adeptos há um mundo cheio. Vão de pequenas superstições a propostas arrojadas, como esta. Não é exatamente original e até podia ter passado despercebida, se João Félix não a cobrasse. Então, Portugal ia jogar com o Luxemburgo e este adepto prometeu que se ele marcasse um golo ia correr nu para o Marquês. Félix viu a publicação e respondeu: «Aquece bem.» Marcou mesmo, naquela goleada histórica por 9-0. E a promessa foi cumprida. Há vídeo e tudo, com aviso do X, o antigo Twitter, a alertar para «conteúdo potencialmente sensível».

Também ficámos a conhecer a história do adepto que deixou todos os bens em testamento a Neymar. Ou daquele fã azarado que fez mais de dois mil quilómetros para ver Messi, quando Messi estava… noutro país.

Bem mais feliz foi o adepto que encontrou o cartão de crédito de Novak Djokovic, a quem o tenista pôs umas notas no bolso como agradecimento.

Por falar em devolver coisas, que dizer daquele momento em que ultras do Nápoles invadiram a conferência de Luciano Spalletti, para lhe entregar uma réplica do volante do Fiat 500 que tinham roubado ao treinador em 2021?

8. Fogem do controlo antidoping e prova realiza-se com um atleta

Aconteceu na Índia. Os campeonatos regionais de atletismo de Nova Deli ficaram marcados por uma sucessão de insólitos, quando correu a notícia da chegada de funcionários da agência antidopagem. Houve quem continuasse a correr para lá da meta e sete dos oito participantes na final dos 100 metros não apareceram.

Não estão sozinhos nisto de suspeitas de batota. A Maratona da Cidade do México teve 11 mil participantes sob suspeita de fraude, por alegadamente terem adulterado os chips para esconder o facto de não terem feito o percurso todo. A ultramaratonista britânica Joasia Zakrzewski foi desqualificada de uma prova porque… fez parte de uma prova de carro. E depois houve Nasra Abukar, que correu uma prova de 100m em quase 22 segundos, o pior tempo de sempre. Era sobrinha da presidente da Federação de atletismo da Somália, que acabou por ser suspensa.

Alguns destes são assuntos sérios e podem ter consequências. Por cá, ainda se aguarda o desfecho daqueles 60-0 na decisão do título distrital de futsal de Santarém, caso que chegou ao Ministério Público.

9. O MVP do Arsenal-Gimnasia foi o eletricista (e foi à flash interview)

Chama-se Luis Mangou e salvou a noite naquele jogo do campeonato argentino, depois de um holofote se ter incendiado. Nem todos os heróis vestem capa. No fim, a TNT Sports chamou «o protagonista que deu luz» ao jogo e Luis não quis ficar com os louros: «Fez-se qualquer coisa.» O homem que trabalha há 40 anos no Arsenal de Sarandí só lamentou a situação do clube, que estava em risco de descida e desceu mesmo.

Por falar em heróis improváveis, lembremos também Olivier Giroud. Um guarda-redes improvisado dá sempre história. Desta vez foi o avançado do Milan a ter de ir para a baliza, por expulsão de Maignan. Até fez uma defesa aparatosa e o futebol italiano tirou bom partido da história: o Milan incluiu Giroud entre os guarda-redes na constituição do plantel e a Liga elegeu-o como melhor guarda-redes da jornada. Já agora, também aconteceu por cá. Em maio, Paulinho foi para a baliza nos momentos finais do jogo com o Marítimo. E quando o avançado do Sporting defendeu um atraso de Morita e Alvalade rebentou numa ovação, nem Rúben Amorim controlou o riso.

10. Han Kwang-Song volta a jogar pela Coreia do Norte após três anos desaparecido

Uma história insólita rodeada de secretismo a de Han Kwang-Song. Há três anos que não havia notícia do jogador que era uma promessa e foi o primeiro norte-coreano a jogar na Serie A, antes de sair para o Qatar. E de repente, ele apareceu no final deste ano a representar a Coreia do Norte num jogo frente à Síria, sem que se percebesse por onde andou nestes anos.

A lista de histórias incríveis já vai longa, mas como é Natal ficam aqui mais algumas, em jeito de presente. Boas Festas!

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