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Dinamarca: o guia

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Dinamarca (EPA)

ANÁLISE

Depois do segundo lugar no Euro 2017, foi duro não ver a Dinamarca no Mundial 2019. Divergências relativas a pagamentos com a Federação Dinamarquesa levaram a equipa a falhar o jogo contra a Suécia e a terminar o grupo no segundo lugar atrás da vizinha, antes de ser derrotada pelos Países Baixos no play-off.

Porém, a ausência do Mundial parece ter acendido uma chama coletiva na equipa, que tem sido implacável na fase de apuramento para o Europeu deste verão e para o Mundial do próximo ano. No apuramento para o Europeu, terminaram o Grupo B à frente de Itália, Bósnia-Herzegovina, Malta, Israel e Georgia. As dinamarquesas impressionaram pela defesa particularmente forte, tendo sofrido apenas um golo e marcado 48 em dez jogos: «[O treinador] Lars Sondergaard deu-nos uma distinta e cativante forma de jogar e para nós é importante praticarmos um futebol bonito», explicou Pernille Harder, estrela do Chelsea.

Lars Sodergaard também se afastou do tradicional 4x3x3 ou 4x4x2 para uma tática em 3x4x3 com alas, permitindo que jogadoras como Sofie Svava, Sara Thrige, Janni Thomsen e Nicoline Sorensen crescessem nos flancos. Uma vez que os centros são uma especialidade desta equipa, a Dinamarca povoou a grande-área com atacantes – e também com a outra ala – para ter mais jogadoras nas zonas de finalização.

O adiamento por um ano do Europeu pode ter dado uma pequena vantagem à Dinamarca, que acabou de se qualificar para o primeiro Mundial desde 2007 e está, por isso, com a confiança em alta. A Dinamarca também tem, tal como vários outros países, um leque de jovens jogadoras a aparecer. «Esta equipa tem um bom equilíbrio de experiência e ainda não alcançou o seu pico. Há muitas jogadoras que só podem vir a melhorar», chegou a dizer Sondergaard quando o torneio foi adiado.

E, de facto, nos últimos 12 meses jogadoras como Signe Bruun, Lene Christense, Svava e Kathrine Moller Kuhl evoluíram e tornaram-se ativos ainda maiores para a seleção.

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Lars Sondergaard (AP)

O SELECIONADOR: LARS SONDERGAARD

Tem 63 anos e está ao leme da seleção da Dinamarca desde dezembro de 2018. No passado, treinou clubes dinamarqueses como o AaB, o Viborg FF e o SonderjyskE, mas esta foi a primeira vez que treinou mulheres. Desde o princípio que admitiu que não via nenhuma diferença substancial entre treinar mulheres e homens, à exceção de uma: «As mulheres fazem muitas perguntas e querem falar sobre tudo. Isso é muito positivo, mas admito que tive de me habituar», disse.

Sondergaard é muito querido pelas jogadoras e pelo staff e foi sem surpresa que renovou contrato até ao Mundial 2023.

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Pernille Harder (EPA)

A FIGURA: PERNILLE HARDER

Já ganhou tantos prémios individuais que os que não estão expostos em casa dos pais, estão armazenados debaixo da cama dela em Londres. A estrela do ataque do Chelsea ganhou a Liga em todas as épocas desde a Liga sueca em 2016 (com o Linkoping, o Wolfsburgo e o Chelsea). Falar de Pernille Harder é falar da melhor marcadora de todos os tempos da seleção nacional da Dinamarca – homens e mulheres – com 67 golos marcados antes dos particulares de preparação para o Europeu.

É a capitã da seleção e vê-la jogar livre de amarras é fantástico. Parece ter uma capacidade inigualável para encontrar espaços e fazer passes. Harder não é só um exemplo nos relvados. É-o também fora dele, sendo membro do movimento de caridade Common Goal e conhecida pelas suas ações de campanha em prol dos direitos LGBTQ+.

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KATHRINE MOLLER KÜHL (getty)

ATENÇÃO A: KATHRINE KÜHL

Faz 19 anos um dia antes do início do Europeu e é a jogadora mais nova da seleção da Dinamarca. Ainda assim, é um super-talento que sabe como elevar o nível de jogo quando é necessário. É uma chave que pode abrir a mais apertada das defesas com passes inteligentes e uma técnica fascinante.

É improvável que seja titular, mas poderá fazer a diferença sempre que estiver em campo. Médio do Nordsjaelland, Kühl tem tido um enorme impacto na Liga dinamarquesa de há uns anos para cá e será uma jogadora a ter em conta não só neste verão, como nos próximos anos.

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Genéricas Maisfutebol

ONZE PROVÁVEL

3x4x3


Christensen;
Veje, Ballisage, Sevecke;
Svava, Troelsgaard, Junge, Thrige;
Harder, Brunn, Larsen

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Katrine Pedersen (Getty)

REFERÊNCIA HISTÓRICA: KATRINE PEDERSEN

Esteve mais de 25 anos ao serviço da seleção nacional da Dinamarca, primeiro como jogadora e depois como adjunta. Entre 1994 e 2013 colecionou 210 internacionalizações, mais do que qualquer outra dinamarquesa.

Esteve em cinco Europeus e em três Mundiais como jogadora e é vista pelas atuais jogadoras como uma referência. Atualmente treina a equipa feminina dinamarquesa do AGF Aarhus.

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Futebol Feminino: Holanda-Dinamarca (Reuters)

HISTÓRICO EM EUROPEUS

A Dinamarca não é uma desconhecida nesta competição. Finalista vencida em 2017, esteve presente pela primeira vez na prova em 1984 e desde 1991 que nunca falhou uma participação. Nunca venceu um Europeu, mas foi quatro vezes medalha de bronze (1991, 1993, 2001 e 2013) e, tal como já foi referido, atingiu a final há cinco anos, tendo perdido por 4-2 com os Países Baixos.

Em 2013 quase chegou à final sem vencer um único jogo no tempo regulamentar: com dois empates na fase de grupos, foi um dos dois melhores terceiros classificados e depois apurou-se para as meias-finais com uma vitória no sobre a França no desempate por penáltis. Mas, aí, a sorte fugiu-lhe no desempate com a Noruega.

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Dinamarca (getty)

OBJETIVO REALISTA

Com um bronze (2013) e uma prata (2017) nas duas participações anteriores, a Dinamarca tem elevadas aspirações de chegar longe, mas o Grupo B, com Alemanha, Espanha e Finlândia, é incrivelmente difícil e existe a probabilidade de a aventura neste Europeu chegar ao fim após três jogos.

Textos originais de Sofie Engberg Munch, da TV2 Sport

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