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Quando as histórias do desporto chegam aos Óscares

1
Richard Williams

«King Richard – Para Além do jogo», 2021

A história de como Richard Williams, pai de Venus e Serena Williams, preparou as filhas para virarem o mundo do ténis feminino do avesso, rumo ao sucesso.

«King» Richard traçou o destino das filhas, moldou-lhes o carácter e a disciplina que fizeram delas campeãs de uma modalidade que parecia domínio de uma elite à qual a família Williams estava longe de pertencer. Mas que conquistou ao sabor dos triunfos de Venus e Serena Williams.

O papel de Richard Williams valeu a Will Smith o Oscar de melhor ator e o filme foi nomeado em mais cinco categorias, incluindo melhor filme, melhor argumento original e melhor atriz secundária.

 

2
Lusia Harris

«The Queen of Basketball», 2021

A chapada de Will Smith a Chris Rock parece ter apagado tudo o resto que se passou na cerimónia dos Oscares deste ano.

Mas além do Oscar atribuído a Will Smith pelo papel de King Richard, o pai das irmãs Williams, houve mais uma estatueta a premiar uma história de desporto: «The Queen of Basketball».

A história de Lusia Harris, a única mulher a ser escolhida num draft da NBA, venceu a estatueta para melhor curta-metragem – documentário.

E com isso, fez de outras duas lendas vivas da NBA vencedores do prémio: Shaquille O’Neal e Stephen Curry foram produtores executivos do documentário e juntaram o Oscar aos anéis da NBA que conquistaram em campo.

3
Ford e Ferrari Le Mans 1966

«Ford vs Ferrari», 2019

Na década de 60, a marca de automóveis norte-americana Ford decidiu construir um carro para derrotar a Ferrari na mais mítica corrida de resistência automóvel: as 24 horas de Le Mans.

A corrida de 1966 ficou na história e tornou-se ao grande público através do filme que se centra na personagem de Carrol Shelby, o criador do Ford GT40, e de Ken Miles, um dos dois pilotos que conduziu pela Ford nessa mítica corrida.

O filme venceu duas categorias técnicas, melhor edição de imagem e melhor edição de som; além de ter sido nomeado para melhor filme e melhor mistura de som.

4
Kobe Bryant

«Dear Basketball», 2017

A carta de amor com que Kobe Bryant se despediu do basquetebol, em 2015, tornou-se um pedaço de inspiração para o mundo do desporto.

E Hollywood eternizou-a.

A carta foi adaptada para se tornar num filme de animação que venceu o Oscar para melhor curta-metragem de animação.

Além de argumentista, Kobe Bryant, a estrela dos LA Lakers, foi narrador e produtor do filme da sua própria vida.

5
Mark e David Schultz

«Foxcatcher», 2014

A vida dos irmãos Dave e Mark Schultz parecia tanto saída de um filme que acabou por se transformar nisso mesmo.

A história dos primeiros irmãos norte-americanos a conquistar medalhas de ouro na mesma edição de uns Jogos Olímpicos (1984) – nas categorias de -74kg e -82kg de luta greco-romana – e a entrada de Dave para a equipa do milionário John Du Pont, que se viria a revelar trágica, chegou ao cinema e arrebatou Hollywood.

O filme teve cinco nomeações para os Óscares, incluindo melhor argumento adaptado; melhor ator principal – Steve Carell; e melhor ator secundário – Mark Ruffalo.

6
Oakland Athletics

«Moneyball – Jogada de risco», 2011

O desporto é um campo fértil para a imaginação. E quando uma equipa não tem os argumentos financeiros dos mais ricos tem sempre de puxar pela criatividade.

Isso é verdade no futebol, como noutras modalidades. E é explorado, neste caso, no basebol, contando a forma como o treinador dos Oakland Athletics «reinventou» a forma de escolher jogadores, com base na estatística, chegando a um improvável sucesso.

O filme foi nomeado em seis categorias dos Óscares, incluindo melhor filme; melhor argumento adaptado; melhor ator principal – Brad Pitt; melhor ator secundário – Johan Hill.

7
Micky Ward

«The Fighter», 2010

O argumento parece ser apenas mais uma história de um lutador de origens humildes e problemáticas que vence no ringue.

A diferença, é que a história é verdadeira. Micky Ward foi um boxeur norte-americano, de origem irlandesa, que depois de anos a tentar vingar no boxe tendo o irmão como treinador, desistiu, esteve três anos afastado dos combates, mas que voltou para a luta que lhe valeu o título mundial.

Tudo, num combate frente a Arturo Gatti em que Ward era claramente o menos favorito, e que é ainda hoje considerado um dos melhores combates de sempre.

Parecia encomendado para um filme, não é verdade?

Pois bem, ele surgiu e venceu os Óscares de melhor ator secundário – Christian Bale; e melhor atriz secundária – Melissa Leo.

8
Michael Oher

«The Blind Side», 2010

Nascido no seio de uma família destruturada em que era um de 11 filhos de um casal com problemas de adições, Michael Oher passou parte da infância e adolescência como sem-abrigo.

Até que, aos 16 anos, foi acolhido pela família de uma colega de escola que lhe mudaria a vida. Além de lhe ter dado condições para começar a ter sucesso escolar, a nova família abriu-lhe o caminho para o desporto.

O gigante Oher começou por destacar-se no desporto escolar até entrar na NFL, em 2009, conquistando o Super Bowl quatro anos depois.

O filme sobre a história de Oher foi nomeado para melhor filme e valeu a Sandra Bullock, que interpretou o papel de mãe adotiva, o Óscar para melhor atriz.

9
Nelson Mandela e François Pienaar

«Invictus», 2009

Num país que viveu anos dividido por questões raciais, foi o desporto, mais concretamente o râguebi, o primeiro ponto a conseguir unir a África do Sul, que saía de um doloroso processo.

De um lado, Nelson Mandela, o presidente que tinha estado preso durante quase 30 anos por defender a igualdade de direitos entre negros e brancos; do outro, François Pienaar, capitão da seleção de râguebi, um dos símbolos da suposta supremacia branca no país.

E a unir ambos, além do amor à África do Sul, o Mundial da modalidade, que se disputou no país em 1995 e que, contra todas as expectativas, coroou de glória os Springboks sul-africanos.

Mas muito mais importante do que a glória desportiva foi o sinal de que o país podia ter um futuro sem cores a dividi-lo.

O filme valeu duas nomeações para os Óscares: melhor ator principal – Morgan Freeman; e melhor ator secundário, Matt Damon.

10
Jim Braddock

«Cinderella Man», 2005

Quando os Estados Unidos da América viveram uma das maiores crises da sua história, no final da década de 20 do século passado, Jim Braddock, um jovem adulto nascido em Nova Iorque no seio de uma família irlandesa, viu-se sem outra alternativa que não dar sequência ao que aprendera desde sempre: lutar pela sobrevivência.

Após anos esquecido pelos poderosos do boxe norte-americano, Braddock, que só tentava sustentar a família, recebe uma oportunidade para voltar aos ringues e não a desperdiça.

Inicia aí, já perto dos 30 anos, um percurso que o leva inesperadamente ao título mundial de pesos-pesados.

À época, a história de Jim Baaddock tornou-se inspiração para um país que procurava sair de uma crise sem precedentes.

Quase 100 anos depois, o filme inspirado nessa história inspirou uma nova geração e recebeu três nomeações para os Óscares, incluindo o de melhor ator secundário – Paul Giamatti.

11
Muhammad Ali

«Ali», 2001

«Voa como uma borboleta, pica como uma abelha». Toda a gente sabe a quem pertence esta frase. Uma das personalidades do desporto que foi retratada em mais filmes.

Muhammad Ali dispensa apresentações. Mais do que pelos títulos de pesos pesados no boxe, modalidade na qual é considerado por muitos o melhor de sempre, pelo que representou para as comunidades minoritárias nos EUA e no desporto.

O filme «Ali», realizado por Michael Mann e protagonizado por Will Smith, foi aquele que teve maio reconhecimento da crítica e do público, com Smith a ser nomeado para o Óscar de melhor ator e Jon Voight para melhor ator secundário.

12
Eric Liddell

«Chariots of Fire – Momentos de Glória», 1981

O caminho para a glória - e ouro! - olímpica de dois atletas britânicos é o guião de um filme que levou para o grande ecrã os Jogos Olímpicos de 1924, em Paris.

Entre percalços na preparação e nas provas de Harold Abrahams e Eric Liddel, os dois atletas conseguiram vencer as provas de 100m e 400m, numa história que o cinema não quis desperdiçar.

Em boa hora o fez, a avaliar pelo pecúlio nos Óscares de onde saiu vencedor de quatro estatuetas douradas: melhor fotografia, melhor guarda-roupa, melhor música e melhor argumento adaptado.

Foi ainda nomeado em mais três categorias: melhor ator secundário – Ian Holm; melhor realizador – Hugh Hudson e melhor edição.

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