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Sporting: a garantia no banco

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Sporting

O Sporting continua a ter Rúben Amorim e essa é a grande garantia de estabilidade e ambição. O treinador que acabou com o longo jejum e habituou o Sporting a vencer de novo prepara-se para a quarta temporada no banco, a terceira a começar de início. Tem a base da equipa da época passada, procurou reforços para compensar as saídas mais relevantes e ganhar profundidade de opções e, ainda com algumas questões em aberto, enfrenta desde logo um início de fogo na Liga, na caminhada para tentar recuperar o título de campeão nacional.

Depois de festejar o campeonato em 2021 e de começar a época passada a vencer a Supertaça, o Sporting fez um campeonato ao nível do ano do título, mas os mesmos 85 pontos não chegaram desta vez, perante um FC Porto imparável. Os leões seguraram o segundo lugar e o apuramento direto para a Liga dos Campeões, além de terem somado mais um troféu, com a conquista da Taça da Liga, e chegado aos oitavos de final da Liga dos Campeões apenas pela segunda vez na história do clube. Ainda assim, a época terminou com sabor a frustração, assumida pelo próprio treinador.

Para a nova época o Sporting perdeu Sarabia, talvez o jogador mais importante na campanha passada, de volta ao PSG depois de terminado o período de empréstimo. Também viu sair Palhinha, transferido para o Fulham num encaixe significativo, numa época em que também ficou selada a ainda mais avultada transferência de Nuno Mendes para o PSG. Também saiu o defesa Feddal e, ainda que o Sporting tenha conseguido segurar até agora outro valor como Matheus Nunes, pode haver ainda mais baixas, a começar por Tabata.

Os leões concentraram de resto considerável energia no defeso a resolver os casos dos muitos excedentários dos quadros do clube. Renan, Gonzalo Plata, Battaglia ou Sporar saíram em definitivo, Doumbia ou Luiz Phellype foram cedidos e o processo, que passa também pela gestão de vários jovens, continua a decorrer. O futuro de Jovane e Slimani, por exemplo, ainda está em aberto.

Na preparação da época, o Sporting começou por garantir a continuidade de Porro, essencial para Amorim, acionando a cláusula de compra do defesa junto do Manchester City. A primeira contratação foi Saint-Juste, aposta forte mas adiada, uma vez que o central falhou toda a pré-época, com problemas físicos. Para a frente, o Sporting garantiu o português Francisco Trincão, que era a opção desejada para reforçar a frente ofensiva e chega por empréstimo do Barcelona.

O clube focou-se ainda no mercado nacional, contratando o médio Morita (Santa Clara) e o extremo Rochinha (V. Guimarães). O uruguaio Franco Israel chegou da Juventus para ser alternativa à baliza, mas prepara-se para começar já a época a titular, face à lesão de Adán. Foi uma pré-época difícil desse ponto de vista, uma vez que também Daniel Bragança sofreu uma lesão grave e pode falhar a primeira metade da época.

Amorim voltou de resto a promover alguns jovens. Além de Essugo, Nazinho, Marsá, Rodrigo Ribeiro e do reforço Fatawu, os jogadores que passaram o crivo da pré-época e estiveram na apresentação são o guarda-redes Callai, o médio Mateus Fernandes e o avançado Chermiti. Mas há sempre uma porta aberta para jogadores da formação no Sporting de Amorim.

O treinador aproveitou a pré-temporada para continuar a trabalhar também alternativas táticas ao sistema de sucesso que implementou em Alvalade, mas que foi perdendo o efeito de surpresa perante os adversários. Testou um ataque mais móvel, num 3x4x3 sem um ponta de lança fixo, além da possibilidade de uma transição, mesmo em decurso de jogo, para um 4x2x3x1.

A pré-temporada teve muitos jogos e adversários de peso, com resultados nem sempre animadores: saldou-se por cinco vitórias e cinco empates, um deles no Torneio Cinco Violinos, que o Sevilha venceu nos penáltis. Se deixa algumas questões para  resolver, a preparação da época também trouxe sinais positivos, nomeadamente a boa forma  e  versatilidade de Pote, crucial na campanha do título e mais apagado no último ano. A partir daqui é a valer e o arranque é de alta intensidade para o Sporting, que começa o campeonato em Braga, recebe depois o Rio Ave e na terceira jornada vai ao Dragão.

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SPORTING CAMPEÃO

Classificação da época passada: 2º

Melhor classificação: 19 vezes campeão nacional

Presenças na I Divisão: 88

Objetivo: Recuperar o título de campeão nacional

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Sporting defronta Casa Pia e Vilafranquense (fotos: SCP)

Treinador: Rúben Amorim

Passaram dois anos e meio desde que Rúben Amorim chegou e já é difícil imaginar o Sporting sem ele. O treinador que em 2021 acabou com um jejum de quase duas décadas e fez do Sporting campeão nacional devolveu ao clube uma estabilidade que não se via há muito em Alvalade, com uma liderança personalizada e segura. Aos 37 anos, tem cinco troféus no currículo e o futuro pela frente. Não conseguiu revalidar o título, mas decidiu continuar, consciente de que o estado de graça acabou mas disposto a assumir o risco. Disse-o com todas as letras, a fechar a época passada. «Não quero sair assim. Sei que corro o risco de ser despedido, poderia sair de outra forma, mas não me sinto bem a sair assim, portanto vão levar comigo mais um ano.»

A clarividência e frontalidade são algumas das características que distinguem Amorim, o treinador que em menos de três anos arrebatou o futebol português. O futuro como treinador já se adivinhava no jogador inteligente, polivalente e de personalidade forte que foi Rúben Amorim, ele que se revelou no Belenenses antes de uma longa ligação ao Benfica interrompida por uma saída temporária para o Sp. Braga, que foi internacional e ainda passou pelo Qatar antes de terminar a carreira em 2016.

Começou o percurso como treinador no Casa Pia, mas saiu a meio da época, perante a convulsão gerada por ainda não ter a formação requerida. Esperou uns meses e em setembro de 2019 chegou a Braga. Começou na equipa B, mas logo em dezembro assumiu a equipa principal, depois da saída de Sá Pinto. Falar em grande impacto é curto para aqueles dois meses em que o Braga de Amorim venceu FC Porto, Sporting e Benfica para a Liga e ainda levou a melhor segunda vez sobre leões e dragões para conquistar a Taça da Liga.

No início de março, o Sporting dava o passo que mudaria o clube, investindo como nunca num treinador para levar Amorim. Frederico Varandas chamou-lhe uma mudança de paradigma e foi mesmo. Amorim estreou-se antes da paragem imposta pela pandemia e foi preparando o futuro. O Sporting acabou em quarto lugar, atrás do «seu» Braga, mas na época seguinte Amorim conduziu o clube numa campanha entusiasta e sólida até à conquista do título de campeão.

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Banco de suplentes

Plantel

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Entradas: Jeremiah St. Juste (Mainz), Fatawu Issahaku (Dreams FC), Hidemasa Morita (Santa Clara), Diogo Abreu (FC Porto), Franco Israel (Juventus), Rochinha (V. Guimarães), Francisco Trincão (Barcelona).

Saídas: João Virgínia (fim de empréstimo), Zouhair Feddal, Pablo Sarabia (fim de empréstimo), Gonçalo Esteves (Estoril, empréstimo), João Palhinha (Fulham), Renan Ribeiro (Al-Ahli), Rúben Vinagre (Everton, empréstimo), Eduardo Quaresma (Hoffenheim, empréstimo).

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Trincão no Sporting-Sevilha

Atenção a: Francisco Trincão

Francisco Trincão regressa a Portugal dois anos depois de ter deixado Braga rumo a Barcelona. O canhoto de talento inato que saiu para o gigante catalão numa transferência recorde volta a trabalhar com Rúben Amorim e, aos 22 anos, espera que esse reencontro seja o ponto de partida para atingir a afirmação plena e voltar a ser feliz.

Natural de Viana do Castelo, Trincão começou a jogar no corredor lá de casa, com o pai, antes de ingressar nas escolinhas do Vianense. Rapidamente deu nas vistas e entrou no radar do FC Porto, mas a experiência de azul e branco foi curta. Voltou a Viana e rumou depois ao Sp. Braga, onde viria a definir-se o seu futuro.

Já era aposta regular na equipa B do Sp. Braga aos 16 anos, quando se revelou ao mundo no Europeu sub-19 de 2018. Foi figura e melhor marcador da competição, a par de Jota, na caminhada de Portugal para a conquista do título.

Estreou-se na equipa principal bracarense na temporada seguinte, mas foi com Rúben Amorim que se tornou aposta consistente. Foi titular na estreia do treinador e esteve em quatro dos sete golos da vitória sobre a B SAD. Depois, festejou com Amorim a conquista da Taça da Liga.

Rumou ao Barcelona no verão de 2020. No Camp Nou, nessa temporada, foi utilizado com regularidade, mas na maioria das vezes como suplente: fez 42 jogos, 10 deles a titular, e apontou três golos. Chegou ainda em 2020 à seleção A, lançado por Fernando Santos na campanha da Liga das Nações. Mantinha-se também na órbita dos sub-21 e acabou aliás por falhar o Europeu da categoria no verão passado por ter contraído covid-19.

No final da época deixou Barcelona, para ganhar tempo de jogo, mas não foi indiscutível no Wolverhampton de Bruno Lage. Depois de perder Sarabia, o Sporting definiu cedo Trincão como alvo e Trincão também escolheu o Sporting. A mudança acabou mesmo por acontecer, por empréstimo do Barcelona, com uma opção de compra em 2023.

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Genéricas Maisfutebol

Equipa-tipo

Adán (Franco Israel);

Gonçalo Inácio, Coates, Matheus Reis;

Porro, Ugarte, Matheus Nunes, Nuno Santos:

Trincão, Paulinho, Pedro Gonçalves

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