Classificação da época passada: 10º
Melhor classificação: 8º (em 1938/39)
Presenças na I Divisão: 2
Objetivo: Consolidar a posição na Liga e o 10º lugar da época passada
O Casa Pia foi uma das boas notícias da época passada, uma equipa sólida e competente que entrou segura naquela que era apenas a segunda participação de sempre na Liga, 83 anos depois da primeira. Fez uma primeira volta muito acima das expectativas generalizadas e chegou a meio do campeonato no quinto lugar. Mas quebrou na reta final, acabando na 10ª posição. Os sinais da pré-temporada são de estabilidade, com o treinador Filipe Martins ao leme e boa parte da base da equipa da época passada. Mas com um problema de fundo por resolver.
Com o processo das obras em Pina Manique a arrastar-se, o Casa Pia continua a não poder jogar no seu estádio. Depois do Estádio Nacional como base na época passada, agora vai para mais longe ainda: jogará em Rio Maior, a 80 km de casa. Muito longe do ideal para a equipa e para a própria competição.
O treinador Filipe Martins garantiu que essa condicionante não servirá de desculpa para uma época em que pretende consolidar o que foi feito na temporada anterior. Para já, o médio Afonso Taira e o lateral Lucas Soares foram até aqui as principais saídas, enquanto o clube procurou contratar «com critério», como disse o técnico.
Juntou a experiência do lateral André Geraldes, de volta a Portugal, ou do avançado Fernando Andrade, que deixou o FC Porto em definitivo, a apostas como o jovem médio Rafael Brito, que deixou em definitivo o Benfica, o esquerdino Tiago Dias, ou o basco Gaizka Larrazabal e o brasileiro Jajá. Os «Gansos» garantiram ainda a continuidade de Yuki Soma, que continua cedido pelo Nagoya Grampus, e do central Txamba, agora em definitivo.
Os dois primeiros jogos oficiais da época mostraram um Casa Pia com as mesmas qualidades da época passada, que valeram desde já o apuramento para a fase de grupos da Taça da Liga, com vitórias sobre o Lank Vilaverdense e o Torreense. Na Liga, os «Gansos» começam por apadrinhar o regresso do Farense à Liga, na visita ao São Luís, antes de viajarem até Rio Maior para receber o Sporting.
Classificação da época passada: 10º
Melhor classificação: 8º (em 1938/39)
Presenças na I Divisão: 2
Objetivo: Consolidar a posição na Liga e o 10º lugar da época passada
A forma como Fiipe Martins liderou a primeira época do Casa Pia na Liga, competente e consciente das suas qualidades e limitações, foi a chave para o bom campeonato dos «Gansos», sobretudo na primeira parte da época.
Filipe Martins , antigo defesa com uma longa carreira em campo no futebol nacional, começou por se destacar no banco do Real, quando em 2016/17 levou a equipa de Massamá à conquista do Campeonato de Portugal. Orientou ainda o Mafra e o Feirense, onde teve a sua única anterior experiência em bancos da Liga.
Chegou a Pina Manique em 2020 e ao fim da segunda temporada conduziu a equipa à Liga, pela primeira vez em mais de oitenta anos. Personifica a estabilidade da equipa e do projeto do Casa Pia, onde inicia a quarta temporada no banco.
Entradas: Tiago Dias (Feirense), André Geraldes (Maccabi Tel Aviv), Fernando Andrade (FC Porto), Rafael Brito (Benfica), Gaizka Larrazabal (Saragoça), Pablo Roberto (Vila Nova), Jajá (Athletico Paranaense);
Saídas: Lucas Soares (Santa Clara), Léo Bolgado (fim de empréstimo, regressa ao Américo-MG), Eduardo Fereira (Puerto Cabello), Afonso Taira (Al Kholood), Cuca, Romário Baró (fim de empréstimo, regressa ao FC Porto), Léo Natel (fim de empréstimo, regressa ao Corinthians), Yan Eteki (Alcorcón)
O apelido é bem familiar no País Basco. Aitor Larrazabal, pai de Gaizka e antigo defesa, foi referência do Athletic Bilbao, onde jogou toda a carreira e onde fez mais de 400 jogos. O filho seguiu-lhe os passos e também chegou à equipa principal do Athletic. Depois disso ganhou experiência e versatilidade em campo, qualidades que leva agora para o Casa Pia.
Natural de Bilbao, Gaizka passou na formação por vários clubes da região e estreou-se como sénior no Zamudio, no terceiro escalão. Em 2017 chegou então ao Athletic. Ao fim de duas épocas a jogar regularmente na equipa B subiu à equipa principal, onde se estreou em agosto de 2019 e fez 11 jogos. Depois deixou o clube da «família», para rumar ao Saragoça, para uma ligação de três épocas intercalada por uma temporada no Amorebieta, também na II Liga.
Foi aí que o extremo se adaptou a um novo papel em campo, o de carrilero, a fazer o corredor direito. Ao fim de 40 jogos, três golos e seis assistências voltou a Saragoça na temporada passada, jogando mais uma vez com regularidade. Filipe Martins falou sobre essa versatilidade do jogador de 25 anos, que pode fazer a posição de lateral-direito no esquema do Casa Pia. «Vem para disputar uma vaga no lado direito da defesa com o André Geraldes. É um jogador que apesar de ser extremo de origem, acreditamos que possa se adaptar bastante bem àquela posição», afirmou o treinador.